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Renan Bolsonaro aborda sobre sua sexualidade após ser confrontado com prints explícitos de ex-assessor; confira

Jair Renan, filho de Bolsonaro, também se pronunciou sobre a operação policial da qual foi alvo

Neste domingo (8), Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, falou pela primeira vez sobre as polêmicas envolvendo sua vida pessoal.

Em entrevista ao jornalista Léo Dias, o jovem de 25 anos negou ser gay, rebateu rumores de que teria brigado com a madrasta, Michelle Bolsonaro, e disse que não está envolvido em nenhuma operação policial.

Relação com ex-assessor

Renan também negou diversas vezes durante a conversa que não é gay. Segundo ele, os prints divulgados por Pupe foram forjados. As mensagens atribuídas ao jovem, no entanto, foram lavradas em um cartório do Distrito Federal e tiveram sua veracidade confirmada, de acordo com a publicação:

“Eu te amo, cara. Mas não termina comigo por conta disso. Já não quer transar comigo agora, vem querer terminar, p*rra. Vamos dar uma rapidinha antes de minha mãe acordar. Vivian dormiu. Vem aqui no meu quarto, para de show, por favor”, diz o texto supostamente enviado ao assessor.

Renan, no entanto, negou o envolvimento.

“Eu gosto de mulher. É uma fake news. Ele era meu amigo, começou a andar comigo no final de 2021. E acabou meio que a amizade, essa parceria que a gente fazia de mídia social, até final de junho de 2022. Era meu amigo, não tenho essa questão de preconceito nem nada, é ser humano. Se você for ou não for [gay], problema seu. Eu não tenho essa questão de me meter na sua vida pessoal”, disse.

Ele admitiu que Diego dormia em sua casa, porém, garantiu que a relação entre eles era somente de amizade:

“Ele começou a andar comigo, a me acompanhar em festas. Dormia em casa, eu não tinha problema com isso, era meu amigo. E nessas andanças, ele sempre apresentava as amigas dele, se rolasse um clima, eu ficava com a menina que ela apresentava”, contou. “Nunca tive preconceito, ser humano é ser humano, independente do que a pessoa é, raça, cor, não tenho nada a ver. Estou pelo caráter da pessoa, se a pessoa é minha amiga, estamos juntos. Sempre teve essa amizade entre a gente”, acrescentou.

Jair Renan e Assessor
Créditos: Reprodução/Instagram

Questionado sobre os prints, Renan mencionou que Diego teria pegado seu celular e enviado as mensagens para si mesmo enquanto ele estava dormindo:

“Ele já sabia que a gente não estava se dando mais, estava se bicando e talvez ele fez essa maldade comigo. Meu telefone não tinha senha e como ele era meu assessor, meu amigo, às vezes eu deixava o telefone com ele”, relatou.

“Nesse dia específico, eu estava bebendo, tomei um porre, me deram um banho. Me deram o banho e em seguida me jogaram na cama, e foi ali que eu dormi. Não sei. Provavelmente pegou o meu telefone, não tinha senha, fez o que fez, mandou a mensagem. No dia seguinte, meu telefone não tinha essas mensagens”, continuou.

Renan ainda alegou que o Partido dos Trabalhadores (PT) poderia estar envolvido no caso da sua suposta sexualidade:

“Você pode pegar o telefone, mandar mensagem, apagar somente pra mim e ficar com o print. Eu confiava nele. Ele era meu amigo. Não sei por que ele está fazendo isso, se é por conta de like, de ficar famoso ou algo do tipo. Porque tem um áudio que ele mandou para um conhecido meu em que ele fala que trabalha atualmente no governo Lula. Talvez esteja fazendo isso a mando do outro lado, direita e esquerda, o Brasil inteiro sabe o que está acontecendo”, disparou.

“Eu sou hétero, eu gosto de mulher. Eu sabia que ele era bi, vi ele ficando com mulher, não tenho problema nenhum. Meu sonho é casar e formar família, estou à procura de uma noiva, de uma namorada, pra construir família”, afirmou o jovem.

Convivência com Michelle Bolsonaro

O filho de Bolsonaro também abordou o convívio com a madrasta, Michelle Bolsonaro. Ele esclareceu uma notícia de que os dois teriam brigado a ponto de um segurança precisar contê-lo pelo pescoço.

“Eu gosto da Michelle, foi a melhor primeira-dama que tivemos. A gente se trata bem. Quando eu vou visitar o meu pai em Brasília, ela me trata bem, bota o café na mesa. Não tem essa narrativa que a imprensa fala que a gente não se dá bem. Ela cuidou de mim quando eu era criança, quando a minha mãe foi pra Noruega”, disse.

A “briga” entre eles, segundo o jovem, foi apenas uma “conversa em tom alto” depois das eleições presidenciais.

“Eu fui lá para jantar, tinha acabado de sair de uma festa. Depois ela desceu, a gente conversou bastante, trocou uma ideia boa e a gente estava triste por conta do ocorrido, era após a eleição. Talvez por conta de uma conversa num tom meio alto, devem ter achado que a gente estava brigando. O segurança estava do lado, estava junto, não teve que intervir”, revelou.

“Era papo de enteado e madrasta, a gente estava triste com o que ocorreu nas eleições. Não sei qual foi a fala desse funcionário aí, mas ele está equivocado, a gente se dá bem, essas narrativas não vão pegar em cima da gente. A gente conversa sobre diversos assuntos e naquele dia houve uma conversa”, acrescentou. O jornalista, porém, deixou claro que a resposta não o convenceu.

Operação Policial

Em agosto deste ano, Jair Renan foi alvo de dois mandados de busca e apreensão da Polícia Civil do Distrito Federal. A operação investiga um grupo suspeito de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. Na época, ele teve um relógio Rolex apreendido. De acordo com o filho de Bolsonaro, porém, o objeto foi presente de um amigo, e não era original.

“Eu sou uma vítima. O Rolex eu ganhei de presente de um amigo meu. Mas o Rolex é falso. Por que não falaram que o Rolex era falso? Eu falei que era um f*dido, você não está entendendo. Vocês acham que ser filho do presidente é glamour? É só porrada, acompanha aí! Meu pai deixou a presidência e a gente toma porrada todo dia, todo dia uma narrativa diferente. Tu não acompanha a mídia, não? Aquele Rolex é falso, foi apreendido”, relatou.

Renan também detalhou o dia em que teria ganhado o relógio e o intenção por trás do presente:

“Todo mundo viaja, eu era o único filho que não viajava com meu pai, ficava aqui no Brasil. A única viagem que eu fiz com ele foi para Argentina. E todo mundo ganhando presente, ele (o amigo) falou: ‘Toma esse Rolex falso aqui’. Eu nem uso relógio, não gosto de usar relógio, me incomoda. O relógio é só no telefone, estou tão acostumado que eu já olho a hora [no celular]. É falso”.

Depois da operação das autoridades federais, ele passou a ser investigado por supostos furtos do acervo da presidência no Palácio do Planalto. Renan, no entanto, declarou que pegou apenas “coisas simples” e relacionadas ao pai.

“Eu peguei uma mochila do Exército, dois bonequinhos do Trump, coisas relacionadas ao meu pai, rede de se pendurar, camisas personalizadas com o rosto do meu pai, uma santinha de gesso, um escudo do Capitão América. Se somar tudo, não dá milão (R$ 1 mil)”, disse.

Hoje, o jovem trabalha como assessor parlamentar do senador Jorge Seif. Segundo ele, a situação financeira atualmente é melhor do que quando o pai estava no poder.

“Não sei direito quanto eu tenho na conta, mas meu salário é de R$ 9,5 mil. Eu sou pobre, mas eu não sou f*dido”, afirmou.

Diretamente envolvido na política, Renan também não descarta se candidatar para um cargo público em breve:

“Estou estudando. Tenho uma família política, posso dizer que está no meu sangue. Mas tem muita água para rolar. Eu tenho que comer muito feijão ainda. Estou aprendendo com todo mundo, são meus irmãos, meus exemplos. Caso eu siga carreira política, meu pai é meu exemplo, meus irmãos são meus exemplos. Converso com todos, e o Eduardo está me dando um briefing do que estudar. A família é unida”, concluiu.

Confira a entrevista completa:

***O texto acima é de inteira responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal S4.

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