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Primeira Desembargadora Negra do Rio de Janeiro é Homenageada em Evento da OAB em Nilópolis

Primeira mulher negra a se tornar juíza do Tribunal de Justiça do Rio, Ivone Ferreira Caetano, aos 69 anos, titular da 1ª Vara da Infância da Juventude e o do Idoso.

Aconteceu na última segunda-feira (31) em Nilópolis, Rio de Janeiro o evento idealizado para celebrar as mulheres negras e caribenhas, onde algumas mulheres foram homenageadas com entrega de monção honrosa pelo excelente trabalho que prestam a sociedade nos nichos onde atuam.

Dentre as homenageadas, estava a primeira desembargadora negra do Rio de Janeiro, Ivone Caetano que ocupa o cargo desde 2014.

Juíza, que teve infância pobre e só conseguiu ingressar na escola de magistratura em 1994, aos 49 anos, é a segunda mulher negra do Brasil a exercer o cargo.

Havia 16 juízes candidatos à promoção pelo critério de merecimento para a vaga de desembargador. Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça, eram nove mulheres.  concorrendo ao cargo, incluindo Ivone Caetano. Filha de  uma lavadeira que criou sozinha os onze filhos, Ivone Caetano tem uma história de luta pela sobrevivência e contra o preconceito. Estudou em colégio público e em algumas escolas particulares de “baixo custo” e, aos 18 anos, foi trabalhar como digitadora. Para ajudar a família, chegou a ter três empregos ao mesmo tempo.

A oportunidade de cursar a faculdade de Direito surgiu aos 25 anos, depois do casamento. Só com ajuda do marido pode parar de trabalhar e dedicar-se aos estudos. Considerada linha dura, já tomou decisões polêmicas. Foi a primeira magistrada a determinar a internação compulsória de menores usuários de crack.

Em setembro de 2013, uma canetada da juíza, em conjunto com o Ministério Público, chamou à responsabilidade pais de adolescentes que estavam acampados em frente à Praça da Apoteose.

No evento realizado na última segunda (31), na sede da OAB em Nilópolis, Ivone Caetano falou sobre a importância de uma mulher negra ocupar o cargo o qual ela ocupa.

Uma conquista para a população preta do Brasil que hoje é mais da metade da população do país, sobre a moção honrosa recebida no evento onde esteve presente, a desembargadora agradece o reconhecimento de seu trabalho e ainda disse que deve seguir lutando para que os menos favorecidos tenham seus direitos respeitados e torce para que outras mulheres negras conquistem cargos do alto escalão como o quão ela ocupa atualmente.

***O texto acima é de inteira responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal S4.

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