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Letalidade policial: as histórias das famílias atingidas pela violência em SP e na Bahia foram destaque do Profissão Repórter desta semana

Profissão Repórter desta semana mostrou de perto a violência em SP e na Bahia

No episódio do programa “Profissão Repórter” exibido na terça-feira (15), a equipe dirigiu-se a duas localidades distintas, Salvador (BA) e a Baixada Santista (SP), para relatar os relatos de famílias de trabalhadores que lamentavelmente perderam seus entes queridos em operações policiais.

Na Bahia, um comovente episódio apresentou a trágica história de Gabriel Conceição, um garoto de 10 anos, que perdeu a vida em uma ação policial ocorrida numa comunidade de Lauro de Freitas. Os habitantes locais contestaram a versão da Polícia Militar sobre um confronto, afirmando que não ouviram os sons característicos de um embate armado. Samile Costa, mãe de Gabriel, descreveu o momento em que seu filho foi atingido pelos disparos enquanto estava sentado na calçada, resultando em sua trágica morte. Os vizinhos também questionaram a demora na chegada da perícia após o incidente. O programa revelou as contradições entre os relatos das autoridades e dos moradores.

Outro segmento abordou a história de Givanildo Silva, um marceneiro de 36 anos, cuja irmã alegou que ele foi morto enquanto estava com as mãos levantadas e vestindo sua mochila de trabalho. A família de Givanildo demonstrou as discrepâncias entre a versão policial, que alegava ter encontrado armas e substâncias ilegais com ele, e a realidade das ferramentas que ele carregava consigo.

O estudante Guilherme Gomes da Silva também foi destaque, sendo morto pela polícia enquanto levava um parente de moto para casa durante uma festa de família. A narrativa policial de um confronto foi contestada por testemunhas que afirmaram que Guilherme foi abordado, ajoelhado no chão e alvejado na nuca. A desigualdade racial e os estereótipos foram discutidos em meio à indignação com a abordagem policial.

O programa também entrevistou membros de um grupo de policiais antifascistas da Bahia, que enfatizaram a necessidade de segurança pública sem o custo de vidas e ressaltaram a imagem degradante que a atuação policial violenta pode gerar.

A reportagem se deslocou para a Baixada Santista, onde ocorreram 16 mortes após a fatalidade do soldado da Rota, Patrick Reis. Um tio de Layrton Ferreira de Oliveira, que foi morto, expressou seu lamento pela perda de Layrton e até mesmo do cachorro, que também foi alvejado. O segmento ressaltou as incoerências entre os depoimentos policiais e as evidências no local, indicando a possibilidade de fabricação de provas.

A jornalista Danielle Zampollo entrevistou Cláudio Silva, ouvidor das Polícias de São Paulo, que compartilhou sua trajetória de defesa dos direitos humanos e enfrentou até mesmo ameaças enquanto desempenhava suas funções.

Finalmente, o programa enfatizou a importância das câmeras corporais como uma ferramenta para reduzir a violência policial e proteger tanto a vida dos cidadãos quanto dos próprios policiais.

Veja a íntegra da reportagem no Profissão Repórter:

https://globoplay.globo.com/v/11867609/

***O texto acima é de inteira responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal S4.

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