Diplomatas conseguem entregar água e comida para brasileiros na Faixa de Gaza
Mesmo fora da zona de exclusão determinada por Israel, a região segue recebendo bombas das tropas israelenses, que diz atacar apenas alvos do Hamas
Famílias de brasileiros que estão na região sul da Faixa de Gaza à espera da abertura do posto de Rafah, na fronteira com o Egito, receberam nesta terça-feira (17) água e comida enviados pelo Escritório de Representação do Brasil em Ramallah, na Cisjordânia – região administrada pela Autoridade Palestina.
A informação é do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, que aguarda uma autorização do Egito para fazer a travessia dos brasileiros em Gaza – administrada pelo Hamas, que atacou Israel – e levá-los de carro até um aeroporto em território egípicio, onde embarcarão em avião para serem repatriados. O grupo espera há quatro dias na região e chegou a se desesperar com a iminente falta de comida e de água.
🚨VEJA: Embaixada Brasileira conseguiu enviar água e comida aos brasileiros que estão em Khan Yunis, na Faixa de Gaza. #IsraelGazaWar #Palestinepic.twitter.com/LfnC34fPd2
— CHOQUEI MUNDO (@choqueimundo) October 17, 2023
Em uma casa perto de Rafah estão 16 das das 28 pessoas que o Itamaraty quer tirar da região. As outras estão em Rafah, quase ao lado do posto de controle da fronteira. O grupo tem 14 crianças, 8 mulheres e 6 homens – 22 nasceram no Brasil, 3 são imigrantes palestinos e 3 são palestinos com cidadania brasileira.
Mesmo fora da zona de exclusão determinada por Israel – que deu menos de 48 horas para mais de 1 milhão de civis migrarem do norte para o sul de Gaza –, a região segue recebendo bombas das tropas israelenses, que diz atacar apenas alvos do Hamas. O Ministério do Interior palestino disse que os ataques aéreos israelenses mataram ao menos 28 pessoas em Rafah apenas na manhã desta terça-feira.
Egito tem travado a fronteira por temer descontrole de imigrantes
Em meio a temores de uma incursão de Israel contra o Hamas em Gaza, estrangeiros aguardam há dias a movimentação diplomática para que o Egito abra a passagem fronteiriça de Rafah, no sul do enclave palestino, para deixar o local, que é alvo de um cerco das Forças Armadas israelenses.
Falta acordo triangulado entre o Egito, Israel e o Hamas para permitir a saída – a ditadura do Cairo teme o influxo desgovernado de outros refugiados. Países com mais musculatura diplomática, como os Estados Unidos, que têm cerca de 500 moradores por lá, também têm pressionado pela operação.
Com informações de: O TEMPO
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