Vermelho, Branco e Sangue Gay

A adaptação cinematográfica do romance queer de Casey McQuiston foi lançada há apenas alguns dias e tem sido quase impossível de ser ignorada.

A premissa é simples, embora um tanto rebuscada: o príncipe real britânico Henry é o arqui-inimigo do filho da primeira mulher presidente dos EUA, Alex Claremont-Diaz.

Depois que uma briga em um casamento real os coloca em risco de um escândalo internacional, eles são forçados a se tornarem falsos amigos para as câmeras. Em pouco tempo, eles estão trocando mensagens de texto tarde da noite e fazendo planos para viagens íntimas e secretas a Paris. Eles se acomodam nos braços um do outro, apaixonando-se.

Não se afasta muito da fórmula clássica das comédias românticas, mas, claramente, funciona. Red, White & Royal Blue ainda é tendência no X (o novo nome “trans” do Twitter…) e, no TikTok, a hashtag #RWRB da história tem meio bilhão de visualizações, enquanto várias montagens de clipes do filme acumularam mais de um milhão de “curtidas” cada.

Talvez o mais significativo seja o fato de o filme ter se tornado quase que instantaneamente o filme mais assistido do Prime Video no fim de semana.

Junto com a esperança de uma futura realeza queer e de mais empregos para o gatíssimo Nicholas Galitzine, que interpreta Henry, e Taylor Zakhar Perez (Alex), o filme estabeleceu um precedente para o sucesso de um cinema abertamente gay e agradavelmente romântico.

Os últimos cinco anos nos mostraram que, de modo geral, existe um mercado para histórias gays leves e alegres. Em 2022, esse mercado parece ter explodido, e histórias LGBTQIA+ engraçadas e confusas estavam por toda parte – com diferentes graus de sucesso. Heartstopper, da Netflix rapidamente se tornou um sucesso, com sua segunda temporada recém-lançada obtendo 6,1 milhões de visualizações em sua primeira semana.

É bom ver que essas histórias gays não só têm um espaço, mas que também podem encontrar uma enorme base de fãs.