RIO+200, FOTOGRAFIA ITINERANTE: RIO DE JANEIRO – VITRINE DA NAÇÃO

Um conjunto de manifestações artísticas no “Rio+200 – Fotografia itinerante”. Projeto que convida o público a uma viagem pela história da fotografia analógica no Brasil. Anota na agenda: dias 25, 26 e 27 de maio, às 10h30, no jardim do Museu da República, no Catete.

Com idealização e direção de Sandra Calaça, o evento gratuito vai contar com mais de 100 fotografias históricas do acervo do Instituto Moreira Sales, Museu da República e do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, fotógrafo Lambe-lambe e bonecos de personalidades, criados e manipulados pela Arte Andarilha

Analógica ou digital, qual a sua experiência? O mundo dos filmes, das revelações e da expectativa de ver a foto tempos depois do clique é uma experiência que muita gente desconhece hoje em que quase tudo é digital. Para resgatar a memória deste importante momento da fotografia conectado com a história do Brasil, o projeto “Rio+200 – Fotografia itinerante: Rio Janeiro – Vitrine da Nação”, traz para o Museu da República uma exposição itinerante com imagens que marcaram alguns acontecimentos do Rio de Janeiro no decorrer do Bicentenário da Independência. A exposição, que acontece num formato instalação, será montada todos os dias, entre 25 e 27 de maio, com a  vivência aberta das 10h30 às 12h.

Ao chegar ao Museu da República, o público também tem acesso a uma exposição ao ar livre com mais de 100 fotografias escolhidas do acervo do Instituto Moreira Salles e do Theatro Municipal. Imagens que mostram as transformações e modernização do Rio de Janeiro, registradas pelas lentes de Marc Ferrez, Guilherme Santos e Augusto Malta, este último considerado o principal fotógrafo do período.  A vivência dá oportunidade de contato com fotografias analógicas reveladas especialmente para este momento.  

Um encontro de manifestações artísticas
A experiência mambembe também é marcante no projeto, com o objetivo de valorizar a história de artistas que se realizam em plena praça pública ou nos jardins, como é o caso dos fotógrafos Lambe-lambe, responsáveis pela popularização da fotografia. A produção do projeto produziu uma câmera Lambe-lambe, que vai fazer parte da exposição e os visitantes poderão ser fotografados para fazer parte de uma exposição virtual futura.  Na instalação itinerante, o público ainda tem a oportunidade de ver, através de monóculos e slides garimpados na feira de antiguidades da Praça 15, imagens que mostram o Rio antigo, seus moradores e visitantes.

Com apresentação de teatro de bonecos, circo, mágica, música e exposição, o evento vai contar a trajetória de personagens que fizeram parte da história da fotografia brasileira, como a alemã Hildegard Rosenthal, radicada no Brasil após a Segunda Guerra Mundial, que se tornou a primeira mulher do fotojornalismo nacional; Gioconda Rizzo, a primeira fotógrafa brasileira a ter seu próprio estúdio; Hercule Florence, francês que se radicou no Brasil e inventou um dos primeiros métodos de fotografia do mundo, e D. Pedro II,  que trouxe para o Brasil a primeira máquina fotográfica, o Daguerreótipo – ele começou a fotografar aos 15 anos de idade, e é considerado o primeiro e mais jovem fotógrafo brasileiro.

O projeto nasce para celebrar o Bicentenário da Independência, e tem como patrocínio do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através do Edital Retomada Cultural RJ 2.    “Na era digital, dos celulares e smartphones, basta olhar a tela para ver as imagens. Ao mesmo tempo em que ganhamos praticidade, perdemos muito da magia do universo analógico. Queremos mostrar para o público essa magia”, conta a idealizadora e diretora do projeto, Sandra Calaça. “Vamos apresentar a câmera escura, a caixa preta, o daguerreótipo, a revelação com papel fotográfico, e a imagem revelada no papel que passa pelos químicos e a água. Vamos trazer novamente para as praças e jardins o fotógrafo com sua máquina laboratório, conhecida como Lambe-lambe”, que era figura frequente em espaços como a Praça Saens Peña e o Largo do Machado” acrescenta.

O projeto “Rio+200, fotografia itinerante: Rio de Janeiro – vitrine da nação”, uma parceria com a Quero Bem Produções e a Arte Andarilha, também ofereceu oficinas e lives sobre fotografia. A oficina “A Luz quer Brincar”, chegou ao CIEP Presidente Agostinho Neto (para alunos), no Theatro Municipal e Museu da República (para crianças a partir de 10 anos com responsável), Pais & Filhos, juntos fazem um passeio pela história da fotografia e constroem uma câmara escura. Nas lives da série “Rio+200 – a Fotografia e o Brasil”, convidados falaram sobre pesquisa e história fotográfica, empreendedorismo e o ofício do Lambe-lambe, passado entre as gerações, e desde 2005 Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial.

Sair da versão mobile