Televisão

Profissão Repórter 15/05/2019: Mulheres que são vítima de agressão narram seus dramas

Profissão Repórter acompanha o drama de mulheres que sofrem com agressões no Brasil.

O Profissão Repórter desta quarta-feira, 15 de maio, traz uma reportagem a qual irá mostrar um assunto que constantemente invade os noticiários de todo o Brasil, a violência contra a mulher.

Nos dias atuais as agressões contra mulheres ainda são uma triste realidade a qual parece estar bem distante do fim, algo que tem contribuído para que o feminicídio aumente a cada ano em nosso país.

Somente em 2018 foram registrados cerca de 1100 feminicídios em todo o país, número o qual representa um aumento de 12% se comparado com dados de 2017.

É a partir destes dados alarmante que Caco Barcellos e toda sua equipe embarcam em uma busca por mulheres as quais tem a agressão como parte de suas vidas, estas mulheres irão revelar os dramas que enfrentam ao longo dos dias e como andam lidando com tudo isso.

Entre as mulheres que o programa foi em busca iremos conhecer Jaqueline Andrade, ela tem 27 anos e atualmente vive em São Paulo e é mãe de dois filhos e irá revelar um pouco mais de seu drama para a repórter Alana Oliveira que acompanhou a vida desta mulher por cinco meses.

Durante estes cinco meses, Alana pode conferir bem de perto a luta de Jaqueline para conseguir enfim se livrar de um relacionamento que já durava há oito anos e era marcado pelas constantes agressões, inclusive quando esteve a espera de seus filhos, na reportagem iremos acompanhar Jaqueline tomando esta decisão, saindo de casa, indo em busca de um novo emprego e ainda acionando a Justiça em busca de se manter protegida contra o agora ex-marido.

“Acompanhar a história da Jaqueline foi ver, ao longo dos meses e na prática, o poder da união entre mulheres, a força da independência financeira para uma pessoa tão fragilizada. A vontade de sair de casa, para Jaqueline, era antiga, mas faltava coragem. Um dos momentos mais bonitos da reportagem é quando as amigas e as vizinhas reúnem esforços de ir fazendo a mudança junto com ela, criando ali uma rede de proteção tecida por outras mulheres que também tiveram a violência doméstica como presença constante na vida. Talvez o esforço maior tenha sido o de me colocar no lugar delas, já que foi um espanto saber o quanto é um problema comum entre gerações – todas as mulheres que cercavam Jaqueline vivenciaram agressões parecidas. Foi um ensino não só pessoal, mas chaveou maneiras práticas de como ajudar as outras tantas mulheres que passam pela mesma situação”, define Alana, sobre a experiência.

Guilherme Belarmino foi acompanhar de perto audiências de custódia por crimes de violência doméstica, onde em 76% dos casos o acusado é o atual marido, companheiro, namorado ou ex-companheiros da vítima que não se conformam com o fim do relacionamento.

A pena por lesão corporal nos casos de violência doméstica varia de três meses a três anos, dependendo da gravidade das agressões cometidas contra a vítima.

Apesar das agressões sofridas, boa parte das mulheres que são vítimas de agressões decidem continuarem se relacionando com o autor das agressões.

“O Conselho Nacional de Justiça tem um projeto em que pegam vários processos atrasados e fazem um mutirão de uma semana no Brasil para agilizarem os de violência contra a mulher. Durante cinco dias em Belo Horizonte, acompanhamos cinco casos de crimes em que os homens tentaram matar as mulheres. O mais curioso é que, como era semana de mutirão, achávamos que encontraríamos mulheres buscando justiça, mas muitas delas escreveram cartas ou foram até lá pedir a absolvição desses homens que estavam sendo julgados. Por mais que pareça uma coisa estranha, compreendi mais a dependência emocional e financeira que elas têm. Entendemos também o papel da sociedade. Essas mulheres se sentem abandonadas, não têm respaldo da justiça, não têm para quem pedir ajuda e, depois de um tempo, a única saída é tentar consertar a situação sozinha”, conta o repórter.

O Profissão Repórter começa logo após mais uma partida entre Corinthians x Flamengo, não perca!

***O texto acima é de inteira responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal S4.

Fernando Azevedo

Sou formado em Ciências Contábeis pelo Centro Universitário de Votuporanga, SP (UNIFEV), e também sou um entusiasta de jornalismo, escrevendo sobre TV desde meados de 2009, quando comecei o Portal S4. Além disso, nas horas vagas, sou autor com dois livros publicados e diversos e-books disponíveis para venda na Amazon.

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