Novo diretor artístico do SBT pode sair da própria emissora

Os bastidores do SBT estão em agitação desde o anúncio da saída de Fernando Pelégio da emissora. Há muita especulação sobre quem poderá assumir o cargo de diretor artístico, e há informações sugerindo que alguns profissionais já estão em avançadas negociações com a rede de televisão de Silvio Santos. Esses rumores se espalham não apenas nos corredores da Anhanguera, mas também em outras empresas, um comportamento comum quando se deseja destacar nomes para futuras nomeações ou considerações.

O fato é que a partida de Fernando Pelégio, originalmente prevista para mais tarde neste ano, acelerará a busca por alguém capaz de implementar as mudanças necessárias para que o SBT possa competir novamente pela vice-liderança. Não seria surpreendente se o novo diretor já estiver dentro da emissora. Isso porque o alto comando do SBT não descarta a possibilidade de promover um diretor de programas talentoso que já esteja familiarizado com a dinâmica de trabalho na Anhanguera.

O SBT tem o objetivo de ter alguém no comando artístico que compreenda e valorize a televisão aberta e que traga uma visão mais abrangente para a grade de programação, a fim de oferecer uma variedade de produtos para o público e o mercado. Atualmente, de segunda a sexta-feira, a emissora possui uma seleção limitada de programas em sua programação, incluindo o Primeiro Impacto, Fofocalizando, SBT Brasil, quatro novelas, Programa do Ratinho, The Noite, A Praça é Nossa, Operação Mesquita e SBT News.

Nos bastidores do SBT, já se dá como certo que o Fofocalizando passará por ajustes após a saída de Fernando Pelégio, e o Primeiro Impacto será encurtado para evitar prolongar demasiadamente a programação da manhã. O formato atual do programa de fofocas divide opiniões entre a alta administração da emissora devido ao grande número de participantes. Quanto ao jornal matinal, há espaço para explorar um formato mais atraente comercialmente.

Essas mudanças não são novidade. Desde o ano passado, a alta cúpula do SBT já estava considerando a reestruturação de sua equipe de executivos devido aos resultados insatisfatórios, exigindo mais criatividade e proatividade desses profissionais em reuniões. Alguns deles expressaram desconforto ao ouvir que estavam estagnados e justificavam sua inércia com a frase “Silvio Santos não vai aprovar mesmo”. A pressão tem sido constante nos últimos meses e se intensificou com a supervisão de Daniela Beyruti, pois é considerado crucial uma reação imediata antes que a situação se torne irreversível.

Todos no SBT reconhecem que a grade de programação atual oferece poucas opções para competir por audiência ou atrair mais anunciantes. Durante sete horas, o Primeiro Impacto repete notícias e segue com reprises de novelas, que são seguidas pelo Fofocalizando e mais novelas, culminando com o SBT Brasil, também seguido por novelas. A falta de diversidade na grade de programação não contribui em nada para as estratégias de atração de telespectadores. Essa rigidez na programação contribuiu para o desgaste de Fernando Pelégio. Além disso, o Comitê Artístico rejeitou várias propostas que não vinham desse grupo e desaconselhou ideias de Daniela Beyruti, bem como a contratação de reforços e a correção de falhas no ar.

Nos bastidores, há quem sugira que a saída de Pelégio servirá como um aviso para aqueles que permanecem e resistem a mudar sua abordagem em face das mudanças. A vice-presidente da emissora busca ação e espera que as pessoas saiam de suas zonas de conforto.

Com informações de José Armando Vanucci.