“No escuro ou O que faz uma Mariposa sem uma Lâmpada” volta do cartaz, dia 7 de fevereiro, na Sede Cia dos Atores, na Lapa
Com texto Jaú Sant´Angelo, baseado na obra de Carlos Gorostiza, e direção de Jefferson Almeida, a comédia dramática faz uma sensível homenagem aos trabalhadores do teatro. No elenco, estão Vitória Furtado e Sidcley Batista
Em uma sensível homenagem aos trabalhadores do teatro, “No escuro ou O que faz uma mariposa sem uma lâmpada”, comédia melodramática de Jau Sant’Angelo, baseada na obra de Carlos Gorostiza, e dirigida por Jefferson Almeida, volta ao cartaz, dia 7 de fevereiro, para uma curta temporada na Sede Cia dos Atores, na Lapa, com sessões de terça a quinta, às 20h. Em cena, estão os atores Vitória Furtado e Sidcley Batista, que levam ao público, com delicadeza e humor, as paixões e as dificuldades do ofício de representar.
Laura é uma mulher que abandona a profissão de atriz, logo depois de se formar na Escola de Teatro, por causa de uma experiência traumática na sua estreia profissional. Ela se fecha na bilheteria do Cine Íris, onde trabalha pelos 20 anos seguintes. Um dia, Laura reencontra um ex-colega dos tempos da Escola de Teatro que faz um convite para um novo trabalho. No calor do acontecimento, ela larga o emprego e se tranca em seu quarto por dias seguidos numa espera angustiada pelo seu retorno à cena. Na clausura do quarto, vemos Laura confundir realidade e fantasia e passear pelas personagens que formam seu universo criativo: Blanche DuBois, Nora, Fedra… A realidade passa a ser um peso, e ela começa a flertar com a loucura. Seu ex-marido, Bento, é aquele que tenta devolvê-la à vida real.
“O espetáculo faz uma homenagem às grandes atrizes e às grandes personagens femininas já criadas. E para esta homenagem, Jau faz surgir uma personagem tão linda quanto suas inspirações. A peça é uma declaração de amor ao teatro, sobretudo, à arte de representar. Daí surge a base da encenação: uma peça dentro de uma peça, o teatro como cenário e como receptáculo de um cenário, uma personagem em busca de si através de personagens”, comenta o diretor Jefferson Almeida. “Tudo é metalinguagem; usamos a peça para fazer a nossa homenagem aos trabalhadores do teatro, para mostrar como o teatro opera, como funciona a sua estrutura técnica; o nosso desejo é o de criar mágica, mostrando o truque. E, ao final, provocar, pelo menos, uma pequena reflexão sobre o trabalho por trás da mágica”, completa.
Sobre Jefferson Almeida
Jefferson Almeida é bacharel em Teoria do Teatro pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), diretor e ator de teatro. Profissional, desde 2004, atuou em espetáculos como “Navalha na Carne”, “Era no Tempo do Rei”, “Novas Diretrizes em Tempos de Paz”, “Bilac vê Estrelas”, “Contra o Vento – Um Musicaos”, “Amargo Fruto – A vida de Billie Holiday”, “Elizeth – A Divina”, entre outros. Está à frente da Definitiva Cia. de Teatro, desde a sua fundação, onde dirigiu e atuou nos espetáculos “Calabar – O Elogio da Traição” (2008), “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (2011) e “A Hora da Estrela” (2017). Na TV, esteve no elenco das novelas Malhação (2012), Em família (2014) e Velho Chico (2016), da Rede Globo. Em 2011, lançou, pela Multifoco Editora o livro Notações Sobre o Tempo ou Três Pequenas Respirações Sobre o Mesmo Tema, onde reúne três textos curtos para teatro.
Jau Sant’Angelo
Nasceu em Nova Viçosa, Bahia em 1970. Começou a se dedicar ao teatro quando venceu um concurso para uma oficina de roteiro na Fundação Casa Janete Clair da Rede Globo. Passou pela Casa de Cultura Laura Alvim e o Grupo Nós do Morro. Dirigiu uma leitura com Betty Erthal do “O Diabo em Mrs Davis”, de sua autoria baseado, na vida de Bette Davis. Em 2015, o espetáculo “Amargo Fruto – A vida de Billie Holiday” marcou sua estreia como autor em parceria com Ticiana Studart. Participou da leitura do texto da Bette Davis no Midrash Centro Cultural. “No Escuro” é seu primeiro texto solo.
Sobre Vitória Furtado
Vitória Furtado nasceu em Bragança do Pará em 1973. Sua carreira no teatro começou na cidade de Brasília, onde estudou artes cênicas na Faculdade Dulcina de Moraes. Em 2006 teve sua estreia no espetáculo “As Eruditas”, de Molière, no Teatro Villa Lobos, ao lado de Jaqueline Laurence e Henrique César. Em 2009 participou do espetáculo “O Especulador de Honoré de Balzac” que teve sua estreia no Teatro Sesi. Em 2012 fundou sua empresa Vitória Produções. Em 2013 produziu e atuou no espetáculo “Pessoas Vivas”. Em 2015 realizou o espetáculo musical “Amargo Fruto – A Vida de Billie Holiday”, que estreou no Teatro Carlos Gomes e fez temporadas em diversas cidades do Brasil. “No Escuro” é o terceiro espetáculo realizado pela sua empresa, Vitória Produções, Laura é a sua primeira protagonista em um espetáculo profissional.
Sobre Sidcley Batista
Sidcley Batista é pernambucano formado pela escola de Teatro Martins Pena. Passou pelo “Oficina de Criação de Espetáculo”, do Ernesto Picollo. Atuou em mais de 20 peças, entre elas: “As Bondosas”, sendo indicado de melhor ator no festival de Guaçuí-ES, “Um Certo Lampião”, “A Galinha d’Angola”, “Sofrônia” e “O Samba da Minha Terra e Cordel”.
Ficha técnica
Texto: Jaú Sant´Angelo
Direção: Jefferson Almeida
Elenco: Vitória Furtado e Sidcley Batista
Diretora Assistente: Cilene Guedes
Trilha sonora: Rafael Sant`Anna
Cenografia: Taísa Magalhães
Figurinos: Arlete Rua
Iluminação: Livs Ataíde
Professora de Melodrama: Virgínia Castellões
Visagista: Paula Sholl
Arte Visual: Davi Palmeira
Assessoria de imprensa: Rachel Almeida (Racca Comunicação)
Produção Executiva: Marcella Boaventura
Operador de Som e contrarregra: Jefferson Furtado
Camareira: Jacyara de Carvalho
Controller: Wellington Silva
Coordenadora de Projetos: Juliana Cabral
Coordenação Geral: Vitória Furtado
Realização: Vitória Produções
Serviço:
No escuro ou O que faz uma Mariposa sem uma Lâmpada
Temporada: de 7 a 16 de fevereiro
Sede Cia dos Atores: Rua Manuel Carneiro, 12, Lapa
Telefone: (21) 2242-4176
Dias e horários: terças, quartas e quintas, às 20h
Lotação: 58 lugares
Duração: 1h
Classificação: 12 anos
Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada).
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