Na manhã desta quinta-feira, 21 de setembro, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) efetuou a prisão de quatro policiais civis em uma operação denominada “Achaque”. Os agentes foram detidos sob a acusação de associação criminosa e extorsão, após a Justiça aceitar a denúncia apresentada pelo MPRJ. Segundo a investigação, os policiais integravam um grupo que recebia propinas por meio de transferências via Pix e até em dinheiro vivo, inclusive nas dependências da delegacia.
Os quatro agentes são identificados como Alcino Luiz Costa Pereira, Carlos Alberto Imbrahim Rolemberg, Carlos Anderson Bazilio Fontes e Sebastião Cotrim de Moraes. Suas prisões ocorreram em diferentes localidades do estado do Rio de Janeiro. Alcino Pereira foi detido em sua residência, localizada em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense; Carlos Alberto Rolemberg estava em sua casa em São Pedro da Aldeia; Carlos Anderson Fontes foi preso dentro da Delegacia de Atendimento à Mulher de Cabo Frio; e Sebastião Cotrim de Moraes foi capturado em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio.
O esquema criminoso desmantelado pelo MPRJ consistia em abordagens agressivas a motoristas de caminhões-pipa e distribuidoras de gás, frequentemente utilizando distintivos e, em alguns casos, até portando armas de fogo, como fuzis. Os policiais coagiam as vítimas a pagarem quantias em dinheiro sob ameaça de apreensão de veículos e outros prejuízos.
As investigações apontaram que os agentes recebiam os valores extorquidos por meio de transferências Pix, utilizando seus próprios CPFs. Durante a operação, diversos comprovantes desses pagamentos foram recuperados pelas autoridades.
Além das extorsões nas ruas, a denúncia apresentada pelo MPRJ alega que os agentes também negociavam e recebiam propina dentro das instalações da Delegacia de Cabo Frio e da Delegacia de Atendimento à Mulher da cidade.
Vale ressaltar que Alcino Pereira já havia sido preso anteriormente no ano passado, durante a Operação Fim da Linha, que desarticulou uma quadrilha envolvida na cobrança de propinas de bingos clandestinos e casas de prostituição na cidade do Rio de Janeiro.
As evidências reunidas durante a investigação incluem registros de conversas em que Alcino Pereira, um dos principais alvos da Operação Achaque, fazia ameaças e tentava extorquir uma das vítimas, demonstrando o nível de audácia dos policiais envolvidos.
A prisão dos quatro policiais civis é mais um passo na busca por justiça e na erradicação da corrupção policial, reforçando o compromisso das autoridades em combater práticas ilegais e proteger os cidadãos. A Operação Achaque representa um esforço conjunto das instituições para garantir a integridade e a confiança na força policial do Rio de Janeiro.
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