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Patrick Abrahão, marido da cantora Perlla, tem prisão revogada no RJ

atrick Abrahão - que foi preso em outubro de 2022 na operação "La Casa de Papel", da Polícia Federal (PF), Receita Federal e da Agência Nacional de Mineração -, terá que cumprir medidas cautelares durante o processo que segue e curso. Pai do empresário também deixou a prisão.


O empresário atuante no setor das criptomoedas, Patrick Abrahão, que havia sido detido durante a operação “La Casa de Papel” em outubro de 2022, uma investigação que visava desmantelar um esquema de pirâmide financeira, teve sua prisão anulada pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3).

Durante a recente audiência que esclareceu o caso, a juíza federal Júlia Cavalcante Silva Barbosa concluiu que os acusados já tinham sido detidos por um período de 10 meses e, nessa fase do processo, não representavam mais uma ameaça para a condução da investigação.

A magistrada declarou em sua decisão: “Considerando que a manutenção da prisão preventiva após esta etapa do processo se afigura desproporcional, uma vez que os riscos à ordem pública, à economia e à sociedade, assim como a necessidade de assegurar a aplicação das leis penais, permanecem sendo adequadamente abordados por medidas cautelares menos severas. Dessa forma, revogo a prisão preventiva.”

Patrick Abrahão, juntamente com outros réus, como Fabiano Lorite de Lima, Ivonélio Abrahão da Silva (pai de Patrick), Diorge Roberto de Araújo Chaves e Diego Ribeiro Chaves, tiveram a prisão substituída por medidas cautelares, incluindo a obrigatoriedade de comparecer mensalmente perante o tribunal, a proibição de sair do país sem autorização legal, a restrição de contato com outros réus e investigados (exceto parentes) e a impossibilidade de mudar de residência ou sair da região de residência.

Patrick foi liberado do Complexo de Gericinó em 10 de agosto.

No âmbito da operação “La Casa de Papel”, as investigações da Polícia Federal alegam que Patrick Abrahão coordenou um esquema de pirâmide financeira transnacional, envolvendo uma criptomoeda de sua autoria que foi artificialmente supervalorizada. A rede denominada Trust Investing prejudicou mais de 1,3 milhão de indivíduos em 80 países, causando um dano de R$ 4,1 bilhões, de acordo com informações fornecidas pela PF naquela época.

A justiça emitiu diversos mandados de prisão e busca, além de ter determinado o congelamento de US$ 20 milhões (equivalente a R$ 105,7 milhões na cotação atual). Bens, como imóveis, veículos, criptoativos e outros ativos de pessoas físicas e jurídicas envolvidas na investigação também foram confiscados.

A investigação revelou que a rede operava por meio de investimentos promissores e ganhos exorbitantes, porém falsos, atraindo investidores com a promessa de rendimentos elevados. Além disso, a rede criou suas próprias criptomoedas sem respaldo financeiro real, manipulando o mercado para valorizá-las de maneira artificial. As moedas perderam valor rapidamente, resultando em perdas substanciais para os investidores.

Esse empreendimento ilícito também se envolveu em práticas como a retenção de pagamentos, ataques hackers simulados e ameaças a investidores que procurassem as autoridades. Patrick Abrahão, que se apresentava como um empreendedor cristão, acumulava uma grande base de seguidores nas redes sociais, mas sua empresa se tornou alvo de inúmeras queixas e relatos de prejuízos por parte dos investidores.

Com informações do G1.

***O texto acima é de inteira responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal S4.

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