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Filha de MC Katia Revela Qual Foi a Última Conversa com a Cantora

É muito triste os últimos acontecimentos envolvendo a MC Katia, que morreu aos 47 anos, no domingo, 13 de agosto, após complicações por conta de uma trombose e amputação da perna direita.

No decorrer desta segunda-feira, 14 de agosto, os serviços fúnebres da cantora transcorreram, culminando com o sepultamento no Cemitério São Francisco Xavier, situado no bairro do Caju, na cidade do Rio de Janeiro. Durante esse momento de despedida à artista, amigos e familiares se fizeram presentes para prestar a última homenagem. Michelle Marques, filha única da cantora, encontra-se profundamente abalada. Ela compartilhou as dificuldades enfrentadas por MC durante o período em que esteve hospitalizada no Hospital Municipal Souza Aguiar, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

“Mamãe travou uma batalha incansável até o último suspiro. Entretanto, ela não desejava partir do hospital sob essas circunstâncias. A ideia de ter que passar por uma amputação a angustiava, e lembro de lhe dizer, ‘Mãe, nós a amamos’, ao que ela questionava como seria possível caminhar sem a própria perna”, relatou Michelle.

Michelle também revelou que, lamentavelmente, apesar dos esforços de amigos que realizaram uma arrecadação de fundos, não foi possível comunicar esse avanço à MC.

“Não tivemos a oportunidade de compartilhar com minha mãe que havíamos alcançado metade do montante necessário para o tratamento, porque sua condição se deteriorou após a amputação e ela precisou ser entubada, vindo a falecer em seguida. A dor é avassaladora, e o futuro sem ela é incerto. Ela possuía apenas uma filha, eu, e dois netos, que representavam seu mundo. Quando ainda estava consciente no hospital, ela ansiava por ver seus netos, uma última vez. Infelizmente, não conseguimos providenciar isso a tempo”, partilhou Michelle, segurando com carinho uma fotografia da sua mãe.

DO PERCURSO DA DOENÇA AO FALECIMENTO

No dia 20 de junho, MC Katia elucidou a razão de sua ausência nas redes sociais: estava enfrentando sérios desafios de saúde e financeiros.

Silvana Silva, mãe de Ludmilla, a vereadora Verônica Costa, conhecida como Mãe Loira, e a cantora de funk Pepita uniram forças para prestar auxílio financeiro à artista.

Há um ano, MC Katia descobriu a presença de um tumor no útero, o qual comprometeu seus rins e a impossibilitou de andar.

No mês de junho, a cantora passou por uma intervenção cirúrgica no Hospital Souza Aguiar para remover um mioma que pesava 5 quilos no útero.

Embora benigno, o tumor trouxe complicações para a saúde da cantora.

Enquanto ainda se recuperava do procedimento, MC Katia revelou a necessidade de amputar parte de seu pé, pois enfrentava problemas de circulação e necrose no pé direito.

Em 28 de julho, MC Katia submeteu-se à amputação do pé direito. Embora relutante na aceitação, respeitou a orientação médica.

MC Katia atribuiu seu estado acentuado ao vício em cigarro, que resultou no entupimento dos vasos sanguíneos devido à nicotina, enquanto o mioma volumoso comprimiu uma artéria, causando problemas renais e de circulação.

A artista passou por sessões de hemodiálise, mantendo apenas um rim, que estava enfraquecido.

No mesmo dia, recebeu a visita de Veronica Costa, a Mãe Loira do Funk, que deu início a uma campanha de apoio por parte de colegas e amigos de profissão.

Em 9 de agosto, devido à falta de circulação sanguínea, MC Katia precisou amputar a perna direita acima do joelho.

Em 12 de agosto, recebeu a generosa doação de uma prótese de perna por parte de um centro de saúde na Zona Sul do Rio de Janeiro.

No mesmo dia, Veronica Costa convocou preces para a cantora, que estava debilitada e entristecida pela ausência de visitas ou ligações de amigos.

No dia 13 de agosto, MC Katia veio a falecer.

Seu corpo foi velado e sepultado no Cemitério do Caju, no Rio de Janeiro.

TRAJETÓRIA DE MC KÁTIA, A PERSEVERANTE

MC Katia emergiu na cena do funk no início dos anos 2000. Naquela época, sendo mãe solteira e trabalhando como auxiliar de serviços gerais, ela deu voz às mulheres das comunidades e ganhou destaque com o sucesso “Ata Vai me Pegar”.

Em 2008, após o êxito da canção “Cabeça pra Baixo”, a cantora sofreu um acidente e se afastou dos palcos por três anos. Posteriormente, enfrentou um período de depressão após o término de um relacionamento.

Retomou sua carreira no funk em 2020, e nesse mesmo ano, participou do videoclipe “Rainha de Favela”, de Ludmilla, ao lado de outras pioneiras do funk carioca, como Valesca Popozuda, MC Carol de Niterói e Tati Quebra Barraco.

Com informações de Ofuxico.

***O texto acima é de inteira responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal S4.

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