Protagonizada por Lucas Drummond, Ernani Moraes e Rafael Queiroz e dirigida por Fernando Philbert, peça faz curta temporada no Teatro da UFF, entre 14 e 23 de abril
Depois de duas temporadas de sucesso de público e crítica no Rio de Janeiro, o espetáculo “Órfãos” faz curta temporada entre 14 e 23 de abril, no Teatro da UFF. A idealização e coordenação artística do projeto é do ator, roteirista e produtor Lucas Drummond, que está em cena ao lado de Ernani Moraes e Rafael Queiroz. Com extensa carreira internacional, “Órfãos” (1983) deu projeção ao roteirista e ator norte-americano Lyle Kessler como dramaturgo e lhe rendeu comparações a Tennessee Williams pela crítica especializada. Além de Niterói, a turnê patrocinada pela Enel Distribuição Rio contempla as cidades de Angra dos Reis, Maricá, Nova Iguaçu, Niterói, Petrópolis, São Gonçalo e Teresópolis. A direção do espetáculo é de Fernando Philbert.
“Me apaixonei por essa peça desde que a li pela primeira vez, em 2018. É uma história linda sobre a luta do homem pela sobrevivência e, principalmente, sobre o amor, que às vezes é bruto, tóxico”, resume Lucas Drummond. “Meu personagem (Phillip) é criado pelo irmão mais velho, Treat (Rafael Queiroz), que bate carteira na rua para pôr o pão na mesa. Os dois só têm um ao outro. E por acreditar que tem uma alergia terrível à maioria das coisas, Phillip não sai de casa há anos. Então, toda a sua visão de mundo é baseada no que ele vê pela janela, pela TV e pelo que o irmão conta para ele. É um personagem extremamente sensível, poético e que tem uma imaginação incrível. Ele cria um mundo repleto de fantasia, que permite que ele viva, dentro de casa, um pouquinho dessa liberdade com a qual tanto sonha. Isso é o que mais me encanta nele”, revela.
Lucas convidou Fernando Philbert para dirigir a peça, realizando um antigo desejo de trabalhar com o diretor. “Órfãos tem a natureza de uma fábula: dois meninos que vivem num lugar abandonado em uma grande cidade e, de repente, chega uma figura (Harold, Ernani Moraes) que vai ajudar, tentar dar um caminho e melhorar a vida dos dois, abrir horizontes. É o velho arquétipo do pai perdido, de alguém que surge para nos tirar de um lugar escuro”, analisa Fernando.