Entrevistando Livros

Entrevistando Livros 40: Livro – Tempo Turquesa – C.Vieira

Está no ar mais uma edição da coluna “Entrevistando Livros”, por aqui desafiamos os autores nacionais a responderem uma entrevista de uma maneira fora do comum! Aqui quem responde às nossas perguntas não é o próprio autor, mas sim um de seus personagens! O autor convidado deve encarnar um de seus personagens e responder nossos questionamentos, ao final da entrevista realizamos uma breve análise da personalidade do personagem e ainda dizemos se ele foi ou não convincente o bastante para que ficássemos interessados pelo livro do qual ele é parte. Nesta semana iremos receber a Aori, que saiu direto do livro “Tempo Turquesa da autora C. Vieira para responder às nossas perguntas! Desta vez teremos uma entrevista ainda mais diferente do que ocorre por aqui, veja abaixo: A sala estava uma completa bagunça, cheia de pessoas que nunca tinha visto, mas que conhecia muito bem, por isso, quando a avistei, bufei na sua direção e cruzei os braços. Ela veio saltitando de alegria na minha direção, mais empolgada do que a maioria ali. Seus olhos brilharam na minha direção animada e na expectativa de algo muito maior do que seria. Eu tinha dito antes para todos que aconteceria essa entrevista e que eu faria as perguntas que me foram enviadas e logo ela sorriu quando disse que a tinha escolhido para ser minha entrevistada. Desde então, ela não para quieta de animação e eu por um instante, quase me arrependi, mas sabia que ela sempre foi a mais especial e a que tornaria isso empolgante e épico! Foi a sua voz que deu liberdade para quem eu sou e, se não fosse ela, talvez esse meu lado estivesse para sempre escondido. Bufei, tentando parecer com raiva, mesmo sabendo que estava falhando desde seu primeiro grito de vitória. —Vamos começar? —Perguntei e ela se sentou, animada. —Sim! —Ela disse, sorrindo. —Você, com certeza, parece comigo. —Coloquei as mãos na testa, tentando não ri da sua risada. —Vamos logo, Cê! —Certo!— Peguei as folhas, buscando o início das perguntas. Todos os outros ficaram em silêncio e eu limpei minha voz com um pouco de água. —Então, fale seu nome para quem não te conhece. —Eu sou Aori River, mas podem me chamar de Aori. —Você sabe o porquê de ter esse nome? —Claro, Cê. —Acabei rindo da sua piscadinha e ela esperou, paciente a próxima pergunta. —Quantos anos você tem? —Que indelicado, Cê!!!! —Ela fez bico e eu ri novamente. —Foi a pergunta que me enviaram, Aori, nós temos de responder tudo. —Que tal mantermos segredo? —Ela tem vinte e um! —Gritou Noah, no fundo. —Acho que te denunciaram. —Noah não sabe respeitar uma dama como eu.—Ouvimos risadas ao fundo e ela se virou fuzilando todos com os olhos. —Vamos para a próxima!! —Apressei para ler a próxima pergunta, antes que os ânimos fiquem mais exaltados.—Como você descreveria o lugar onde vive? —Eu vivi muitos anos em Granada, junto do meu irmão. -Ela olhou para trás, sorrindo. —Granada não foi um bom lugar para nós devido a todos os problemas que tivemos… —Sem spoiler, Aori. —Certo, Cê. —Ela bateu uma continência e eu ri. —Então, Granada não é ruim, mas também não é nosso lar. Conheci o amor de minha vida lá, mas foi o lugar que fez mal a nós, humanos, e também para os próprios granadas. —Acho que está bom, Aori. —Revirei as folhas. —Se tivesse que se definir em uma palavra, qual seria? —Não sei… —Ela pareceu pensativa. —Teimosa. —Falou Noah. —Boca suja.—Declarou Gael. —Nervosa. —Disse Natasha. —Cabeça quente. —Completou Isis. —Mas muito mais legal que todos vocês juntos! —Ela reclamou, olhando para todos com raiva e eu já voltei a me arrepender. —Próxima: Como você acha que todas essas definições refletem na sua vida como um todo? —Não que eu concorde com elas, Cê. —Ela cruzou as pernas e pareceu incorporar uma grande atriz. Eu sabia que ela faria isso mais cedo ou mais tarde, já que ela conseguia ser séria em alguns momentos e uma grande palhaça em outros. —Mas acho que isso me fez não enxergar coisas que deveria ter enxergado, assim como isso afetou meu relacionamento, em alguns momentos, com meu irmão.—Seu rosto se entristeceu.  —Eu entendo que o que fiz foi infantil e bobo, mas também acredito que qualquer um, na minha situação, entenderia minha atitude. —Agora sim você está parecendo a personagem que se tornou. —Comentei e ela sorriu amarelo para mim.—Estou muito orgulhosa de você, Aori. —Ela assentiu e secou uma lágrima fugitiva e logo fui atrás da próxima pergunta. —Fale um pouco sobre você, Aori, fale se tem um dom ou algo específico. —Bom, eu nasci em Granada, mas creio que não possa contar mais coisa, já que seria um spoiler para o leitor da entrevista, então eu posso dizer que eu sou bem forte, determinada, manejo algumas armas de fogo e também sou uma líder; mesmo que eu não tenha sido assim desde o início, porém eu cresci bastante com tudo que aconteceu comigo, meu irmão e nosso povo. Fui crescendo e me tornando mais consciente de algumas coisas, principalmente de algumas atitudes de meu irmão. —Que resposta maravilhosa, Aori, acho que isso vai impressionar todo mundo e deixá-los curiosos! —Ela riu e eu segui com as perguntas: —O que costuma fazer no tempo livre? —Filhos!—Brincou Aria do outro lado. —Tive só um filho a mais que você, Aria!—Aori respondeu, corada. —Não são filhos, aliás eu não tenho tempo para ter tempo livre já que tenho muitas responsabilidades e muitas coisas a fazer. Preciso sempre estar atenta e muito sóbria sobre as decisões que tenho que tomar, pois eu estou sozinha na liderança. —Olhei para ela, repreendendo.  —Logo a Cê explica isso melhor! —Ela se apressou e eu suspirei. —Qual seu tipo de roupa favorito? —Largas e escuras. —Ela apontou para si mesma. —Calça, blusa, botas militares e cabelos presos. —Música favorita? —Não temos muitas atrações artísticas em Granada, então não posso dizer sobre um estilo favorito. —O que te torna diferente das outras pessoas do mundo? —Ela ia responder quando a cortei. —Justifique. —Tinha esperanças que você não falasse “justifique”.—Todos riram e eu esbocei um sorriso, esperando a resposta de Aori. —Não acho que algo me torne diferente de todos os outros ao ponto de ser tão impactante assim. —Olhei confusa para Aori e ela sorriu como menina. —Sabe, todos nós somos diferentes de alguma maneira e temos algo que nos destaca dos demais, então não acredito em algo especial que só eu tenho e outros não; o que eu acredito é que cada um tem sua particularidade que o torna único e isso faz toda a diferença em qualquer universo, fazendo com que um rumo de história torne-se outro em segundos.—Ela ficou pensativa uns instantes. —Fez sentido o que eu falei? —Eu esqueci o quanto você é parecida comigo e isso me assusta as vezes. —Bom, dizem que eu sou uma autobiografia sua, então é meio óbvio que tenhamos pensamentos parecidos, não? —Verdade, mas vamos seguir, antes que isso se estenda mais do que já está se estendendo. —Procurei as perguntas rapidamente.—Continuando neste assunto, o que você acha de mim, Aori? Não esqueça de justificar. —Você nos criou, deu vida para nós e nos conduziu para um final feliz, apesar de todos os problemas de percurso, que são comuns nas histórias de ficção e da vida real também, então eu não acho, eu tenho absoluta certeza, que você fez tudo que podia para nos dar o melhor final possível e também fez o seu melhor para agradar aqueles que estão te conhecendo como escritora. Você trabalhou duro para nos criar e se esforçou ao máximo, mesmo que tenha passado por um momento difícil e quase desistido de nós, por causa desse momento. —Ela suspirou e deu um sorriso sincero. —Então eu só posso dizer que sou muito feliz por você ter nos criado e ter acreditado em nós, mesmo quando você não tinha esperanças em si mesma para continuar. —Isso foi quase uma declaração de amor. —Rimos e eu sequei uma lágrima. Realmente, ela me conhece bem demais.—Se pudesse mudar algo na sua vida, o que mudaria? —Eu acredito que tudo que aconteceu me proporcionou o amadurecimento que tenho hoje, mas talvez eu mudasse essa minha confiança no outro, queria poder desconfiar mais de pessoas que se aproximam de mim. —Resuma sua vida em poucas palavras. —Alegria inocente, desenvolvimento necessário e final feliz. —Algumas palavras para seus amigos. —Obrigada por estarem comigo e contribuírem com meu crescimento. —E para seus inimigos. —Eu sempre estou pronta para atirar em alguém ou para quebrar alguns pescoços. —Isso foi completamente assustador para este final. —Acabou? —Ela pareceu chateada e eu assenti. —Espero que tenha respondido tudo que podia o melhor que podia. —Respondeu sim, Aori, muito obrigada por atender meu pedido e aos intrusos que vieram sem meu convite.—Todos acenaram na minha direção.—Foi muito bom ver todos vocês e conhecê-los, espero que todos tenham gostado dos seus respectivos finais. —Tia Cê, vai ter uma continuação? —Perguntou o Aurora. —Eu quero uma história para mim também. —Isso a gente descobre depois. Pisquei para ela, terminando nosso encontro e também a entrevista com a personagem Aori River. Análise: A autora nos colocou em uma encruzilhada, como analisar a personalidade de Aori? Pela historinha que acompanhamos acima, Aori parece ter uma personalidade extremamente semelhante a da própria autora que acabou se incluindo na entrevista da qual ela mesma conduziu, em nosso lugar! Aori disse que vive num lugar chamado de Granada, pela sua resposta esse lugar não é habitado por humanos, onde será esse lugar e quem serão os granadas? Aori ainda fez mistério sobre seus dons, já que a autora a fez responder sem dar spoiller da história. Diante de tudo isso, convidamos a autora C. Vieira para que nos envie o livro “Tempo Turquesa” para que o leiamos e assim possamos entender melhor a vida de Aori! Enquanto isso não acontece, compre o livro “Tempo Turquesa” no site da editora Pendragon por apenas R$ 34,90. Tempo Turquesa Entrevistando Livros 40: Livro - Tempo Turquesa - C.Vieira

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E você que é autor, gostou da maneira que às entrevistas são conduzidas por aqui? Então mande agora mesmo às perguntas abaixo respondidas para o e-mail: portals4tv@gmail.com. Com o assunto: “Entrevista com o personagem tal, do livro ‘X’, do autor ‘Y'”, e aguarde o nosso retorno com a data que a entrevista será publicada! Perguntas:
  1. Qual seu nome?: Como prefere ser chamado (a)?
  2. Qual sua idade?
  3. Como você descreveria o lugar onde vive?
  4. Se tivesse que se definir numa palavra, qual seria?
  5. Agora diga como sua resposta anterior reflete em sua vida como um todo?
  6. Possui algum talento/dom especifico? Fale um pouco sobre ele.
  7. O que costuma fazer em seu tempo livre?
  8. Qual seu tipo favorito de roupas?
  9. E seu estilo musical?
  10. O que te torna diferente do resto das pessoas do seu mundo? E porque?
  11. Se tivesse que falar sobre o autor “fulano de tal”, o que falaria?
  12. Se pudesse mudar algo em sua vida, o que faria diferente?
  13. Resuma sua vida em poucas palavras.
  14. Deixe uma mensagem para seus amigos
  15. E agora para seus inimigos.
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***O texto acima é de inteira responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal S4.

Fernando Azevedo

Sou formado em Ciências Contábeis pelo Centro Universitário de Votuporanga, SP (UNIFEV), e também sou um entusiasta de jornalismo, escrevendo sobre TV desde meados de 2009, quando comecei o Portal S4. Além disso, nas horas vagas, sou autor com dois livros publicados e diversos e-books disponíveis para venda na Amazon.

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