Entrevistando Livros 09: Livro – O Paradoxo de Alice – João Marciano Neto

Esta no ar a 9ª edição da coluna “Entrevistando Livros”, por aqui ao invés do próprio autor responder nosso questionário, ele nomeia um personagem de uma de suas historias e ao fim, realizamos uma analise da personalidade do mesmo. Ainda dizemos se ficamos ou não interessados em conhecer a historia da qual o personagem é parte! Interessante não? Hoje iremos receber um personagem vindo direto do livro “O Paradoxo de Alice”, do autor João Marciano Neto, que foi publicado pela editora Fonzie. Abaixo as perguntas: 1. Qual seu nome? Como prefere ser chamado (a)? Vocês já me deram nomes antes, impressionantemente não tantos quanto poderiam. Não que isso me incomode, não me entenda mal. Por mera formalidade prefiro que ser tratado como Senhor do Tempo, uma vez que nomes são perigosos e poderosos. Sua espécie não é capaz de mensurar quanto. 2. Qual sua idade? Quanto tempo tem o Tempo? Apesar de ser uma pergunta indiscreta, não passa de uma questão de perspectiva. Para nos poupar de divagações e teorizações desnecessárias, simplifico ao anunciar que existo desde a existência da existência e, devido minha natureza, tais medições levianas como idade não se aplicam a mim. Sou mais velho que a ideia de velhice e mais novo que o segundo seguinte. 3. Como você descreveria o lugar onde vive? Vocês já fazem um trabalho deveras divertido descrevendo, ou pelo menos tentando, minuciosamente o Universo. Julgo desinteressante interromper tanto empenho com uma resposta que sequer é suficientemente assimilável. Porém, limitando-me conceitualmente as noções básicas de espaço e lugar, tenho um belo casarão curiosamente batizado de Altar das Cordas pelos meus esporádicos e singulares visitantes. Não perca seu tempo tentando localizá- lo. Existem poucos privilegiados capazes de vê-lo e sempre muda de lugar. 4. Se tivesse que se definir numa palavra, qual seria? A infeliz necessidade de definições… Tudo bem. Se fosse possível, talvez a palavra mais próxima de apropriada seria “volúvel”. Não contempla toda minha essência, mas didaticamente aplicável. 5. Agora diga como sua resposta anterior reflete em sua vida como um todo? Na minha vida? Não seria capaz de lhe dar uma resposta sólida, visto que enxergo as coisas por infinitos ângulos e, não obstante, depende do meu estado. É constatável que os demais com quem interajo lidam de modo diferente, contudo com notável dificuldade e certo receio. Não nego que minhas ações em determinados momentos sejam tomadas com certe impulsividade e que posso ser interpretado como imprevisível, entretanto reservo-me no direito de julgar-me consistente. O problema está na incapacidade humana de interpretar o macro através das supostas inconsistências, ações não correlacionadas… Enfim, todos deveriam ler A Teoria do Caos com a devida seriedade, mas se lessem não seriam genuinamente tão divertidos. 6. Possui algum talento/dom especifico? Fale um pouco sobre ele. Não tenho “dons”, minhas habilidades são perfeitamente de acordo com minha natureza, chamá-los de “dons” seria equiparar-me com as suas limitações. Não sou exatamente um deus, apenas o que poderiam compreender como uma manifestação consciente. 7. O que costuma fazer em seu tempo livre? Lamento não ser devidamente polido, mas não existe para mim algo como “tempo livre”. 8. Qual seu tipo favorito de roupas? Sendo preciso, sucinto e honesto, depende do momento. Da hora, especificamente. 9. E seu estilo musical? Novamente, depende da hora. Sei que soa evasivo, porém não tenho como ser mais preciso que isso. Na realidade até sou capaz, só que ao detalhar não estaria sendo justo com os bravos leitores que ousarem conhecer a obra qual participo. 10. O que te torna diferente do resto das pessoas do seu mundo? E porque? Como já havia mencionado, não sou uma pessoa. Não sou humano, logo já sou infinitamente diferente de qualquer uma do seu mundo ao ponto de ser impossível realizar comparações materialistas. 11. Se tivesse que falar sobre o autor João Marciano Neto, o que falaria? Me darei o direito de não emitir opiniões. João Marciano é um indivíduo reservado, mas que se dedica bastante nas construções narrativas de suas estórias. Usualmente não gosta de falar de suas obras com quem não as tenha lidos, e mesmo assim pouco revela de suas intenções. Talvez quem leia O Paradoxo de Alice compreenda o que digo. 12. Se pudesse mudar algo em sua vida, o que faria diferente? Com todo respeito, não existe possibilidade ou interesse de minha parte de mudar ou fazer algo diferente. O pouco que intervejo tem que ser feito, e os devidos desdobramentos não são de minhas responsabilidades. Logo não possuo arrependimentos já que minhas mãos estão limpas. Entenda: eu não tomo iniciativa, apenas apresento as opções. 13. Resuma sua vida em poucas palavras. Muito trabalho, pouco reconhecimento, ocasionais más reputações e um humor bem dinâmico para manter as coisas em ordem. Ao estrito significado da palavra, eu não possuo propriamente uma vida. Eu faço mais que existir, entretanto tais noções não me são aplicáveis. 14. Deixe uma mensagem para seus amigos. Se eu tivesse amigos, lhes desejaria uma vida pacífica e os aconselhariam a não se meter em assuntos quais não é capaz de entender ou realmente alterar alguma coisa. Uma vida de infortúnio é o que aguarda quem não compreende ou leva demasiadamente a sério tal conselho. 15. E agora para seus inimigos. Aos infelizes que se consideram meus inimigos, lhes desejaria uma vida mais pacífica e os aconselhariam a não se meter em assuntos quais não é capaz de entender ou realmente alterar alguma coisa. Uma vida de infortúnio é o que aguarda quem não compreende ou leva demasiadamente a sério tal conselho. Apenas isso.   Análise: O personagem recebido hoje é bem misterioso, nem mesmo o seu nome ele nos revelou. Disse apenas que nomes são “perigosos” e preferiu ser referenciado apenas como “Senhor do Tempo”. Pelo que ele respondeu nas demais questões, ele aparentemente é algo que em nosso mundo, seria visto como um “Deus”. Ele parece bastante empenhado em realizar suas tarefas, para com aqueles que sejam de sua realidade. Podemos concluir assim dizendo, que ficamos muito curiosos para saber mais sobre o livro, do qual ele é parte, e convidamos o autor João Marciano Neto, a nos fornecer o livro “O Paradoxo de Alice” para uma futura resenha aqui no blog!

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E você que é autor, gostou da forma que conduzimos as entrevistas por aqui? Quer mandar um de seus personagens para responder nossas questões? E ao fim ter uma analise de sua personalidade e ainda um parecer, se ele foi ou não convincente o suficiente, para termos interesse em conhecer a historia que é parte? Então mande agora mesmo as perguntas abaixo respondidas ao email: portals4tv@gmail.com. Perguntas:

1. Qual seu nome?: Como prefere ser chamado (a)?
2. Qual sua idade?
3. Como você descreveria o lugar onde vive?
4. Se tivesse que se definir numa palavra, qual seria?
5. Agora diga como sua resposta anterior reflete em sua vida como um todo?
6. Possui algum talento/dom especifico? Fale um pouco sobre ele.
7. O que costuma fazer em seu tempo livre?
8. Qual seu tipo favorito de roupas?
9. E seu estilo musical?
10. O que te torna diferente do resto das pessoas do seu mundo? E porque?
11. Se tivesse que falar sobre o autor “fulano de tal”, o que falaria?
12. Se pudesse mudar algo em sua vida, o que faria diferente?
13. Resuma sua vida em poucas palavras.
14. Deixe uma mensagem para seus amigos
15. E agora para seus inimigos.

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