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Conheça as doenças sexualmente transmissíveis no sexo oral e como evita-las!

As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) são um tema que frequentemente surge em discussões sobre relações sexuais. No entanto, quando se fala sobre sexo oral, o assunto ainda é muitas vezes negligenciado, deixando muitas pessoas desinformadas sobre os riscos que envolvem essa prática. Este artigo tem como objetivo esclarecer como as DSTs podem ser transmitidas pelo sexo oral e, principalmente, como você pode se proteger.

O que são DSTs?

As doenças sexualmente transmissíveis, também chamadas de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), são causadas por diferentes tipos de patógenos, como bactérias, vírus, parasitas e fungos. Elas podem ser transmitidas de uma pessoa para outra por meio de relações sexuais, incluindo o sexo oral. Algumas das DSTs mais comuns incluem a clamídia, gonorreia, sífilis, herpes genital, HIV, e o papilomavírus humano (HPV).

O Sexo Oral e o Risco de Transmissão de DSTs

Muitas pessoas associam as DSTs principalmente com o sexo vaginal ou anal, mas o sexo oral também oferece riscos significativos. Beijar ou fazer sexo oral em alguém que tem uma infecção pode transmitir o agente patogênico para o parceiro, independentemente do gênero. O sexo oral, tanto realizado em homens (felação) quanto em mulheres (cunnilingus), pode expor os participantes a uma série de DSTs.

Como ocorrem as infecções?

O contato direto com fluidos corporais infectados, como sêmen, secreções vaginais, ou até mesmo saliva, pode introduzir agentes infecciosos na boca ou na garganta. Além disso, pequenas lesões ou cortes na boca, gengivas ou garganta podem permitir a entrada de patógenos diretamente na corrente sanguínea. E, ao contrário do que muitos pensam, mesmo que o parceiro pareça saudável, ele pode ser portador assintomático de uma DST.

Principais DSTs que Podem Ser Transmitidas pelo Sexo Oral

  1. Gonorreia: Também conhecida como “esquentamento”, a gonorreia é uma infecção bacteriana que pode afetar a garganta, causando gonorreia faríngea. Os sintomas podem ser leves ou inexistentes, mas, quando presentes, incluem dor de garganta persistente.
  2. Clamídia: Assim como a gonorreia, a clamídia pode infectar a garganta. Os sintomas geralmente são leves ou inexistentes, tornando essa DST difícil de detectar sem um teste específico.
  3. Herpes Genital: O vírus herpes simplex (HSV) pode ser transmitido durante o sexo oral. O HSV-1 geralmente causa herpes labial, enquanto o HSV-2 é mais frequentemente associado ao herpes genital. No entanto, ambos os tipos podem ser transmitidos durante o sexo oral, resultando em infecções na boca ou nos órgãos genitais.
  4. Sífilis: Essa infecção bacteriana pode causar lesões indolores, conhecidas como cancro, que podem aparecer na boca, garganta, ou nos genitais. A sífilis é altamente contagiosa durante o estágio primário, quando essas lesões estão presentes.
  5. HPV: O papilomavírus humano é uma das DSTs mais comuns, e pode ser transmitido pelo sexo oral. Certos tipos de HPV estão associados a cânceres orais e de garganta. A infecção por HPV muitas vezes não apresenta sintomas, mas pode causar verrugas genitais ou orais.
  6. HIV: Embora o risco de transmissão do HIV através do sexo oral seja menor em comparação com outras formas de sexo, ele ainda existe, especialmente se houver feridas ou sangramento na boca ou nos genitais.

Fatores de Risco

Vários fatores podem aumentar o risco de contrair uma DST através do sexo oral:

  • Múltiplos parceiros sexuais: Ter vários parceiros aumenta a probabilidade de encontrar alguém com uma infecção.
  • Falta de uso de proteção: O uso de preservativos ou barreiras de proteção durante o sexo oral pode reduzir significativamente o risco de transmissão de DSTs.
  • Feridas ou inflamações na boca: Qualquer lesão, sangramento ou inflamação na boca pode facilitar a entrada de patógenos no organismo.
  • Histórico de DSTs: Pessoas que já tiveram uma DST no passado estão em maior risco de contrair outra infecção.

Como Prevenir DSTs no Sexo Oral

Agora que entendemos os riscos, é importante discutir as medidas que podem ser tomadas para evitar a transmissão de DSTs durante o sexo oral. Embora o sexo oral seja frequentemente visto como uma forma “segura” de sexo, a prática segura exige algumas precauções.

1. Uso de Preservativos e Barreiras

O uso de preservativos para sexo oral em homens (camisinhas) ou barreiras de látex para sexo oral em mulheres (dental dams) é uma das formas mais eficazes de reduzir o risco de transmissão de DSTs. Os preservativos criam uma barreira entre os fluidos corporais e as mucosas, impedindo o contato direto. Existem preservativos de sabores específicos para sexo oral, que tornam o uso mais agradável.

2. Vacinação

Vacinas estão disponíveis para prevenir algumas DSTs, como o HPV e a hepatite B. A vacinação contra o HPV é recomendada para jovens antes do início da vida sexual, mas pessoas adultas também podem se vacinar. Essa vacina pode prevenir as cepas do vírus mais associadas ao câncer cervical, oral e de garganta.

3. Exames Regulares

Fazer exames regulares de DSTs é uma maneira importante de cuidar da sua saúde sexual, especialmente se você tem múltiplos parceiros. Muitas DSTs são assintomáticas, o que significa que você pode estar infectado e transmitir a infecção sem saber.

4. Comunicação Aberta com Parceiros

Conversar com seus parceiros sobre saúde sexual pode ser desconfortável, mas é crucial. Pergunte se eles fizeram testes recentes para DSTs e discutam o uso de proteção durante o sexo. A confiança e a honestidade são fundamentais para manter todos seguros.

5. Evitar Sexo Oral com Feridas na Boca

Se você tem aftas, gengivas inflamadas, ou qualquer tipo de corte ou ferida na boca, é prudente evitar o sexo oral até que esteja completamente curado. Feridas abertas podem servir como porta de entrada para patógenos.

O Que Fazer se Você Acredita que Foi Exposto a uma DST

Se você acha que foi exposto a uma DST após o sexo oral, o primeiro passo é não entrar em pânico. Muitas DSTs são tratáveis e curáveis com o diagnóstico e tratamento adequados. Procure um médico o mais rápido possível e discuta sua preocupação. Dependendo da situação, pode ser necessário fazer um teste ou começar um tratamento preventivo.

Sintomas a Observar

Embora muitas DSTs possam ser assintomáticas, é importante estar atento a sinais como dor de garganta persistente, lesões na boca ou nos genitais, dor ao urinar, secreções incomuns ou qualquer outro sintoma que possa indicar uma infecção.

Considerações Finais

O sexo oral é uma prática comum em muitas relações e, quando praticado com segurança, pode ser uma forma saudável e prazerosa de intimidade. No entanto, assim como qualquer outra atividade sexual, ele não é isento de riscos. Conhecer as DSTs que podem ser transmitidas pelo sexo oral e tomar medidas preventivas pode ajudar a reduzir esses riscos significativamente.

Lembre-se, cuidar da sua saúde sexual e de seus parceiros é uma parte essencial de qualquer relacionamento. Praticar sexo seguro, fazer exames regulares e manter uma comunicação aberta com seus parceiros são os pilares de uma vida sexual saudável e responsável. Se você tiver dúvidas sobre sua saúde sexual, nunca hesite em procurar o conselho de um profissional de saúde.

***O texto acima é de inteira responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal S4.

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