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Corpo de um homem é encontrado com sinais de tiros em rodovia de Rosana, SP

Corpo de homem foi localizado próximo a um ponto de ônibus em uma rodovia de Rosana, SP.

Na tarde da última quarta-feira, 05 de junho, o corpo de um homem foi encontrado com sinais de tiro próximo a um ponto de ônibus que fica localizado na Rodovia Arlindo Béttio (SP-613).

De acordo com informações da Polícia Militar (PM), o corpo foi encontrado no km 68 em frente ao ponto de ônibus que existe no local, logo que populares localizaram o corpo à PM foi acionada.

Logo que à PM chegou ao local eles constataram que o crime era um caso de homicídio e diante deste fato o caso passou a ser investigado pela Polícia Civil que acabou chegando a um suspeito ainda na noite da última quinta, 05, o suspeito é um homem de 41 anos que foi preso em flagrante.

O corpo da vítima foi encaminhado para exame necroscópico, inclusive, para fins de sua identificação. A Polícia Civil pontuou que o homem assassinado apresenta aparência de ter entre 25 e 30 anos de idade e que as investigações buscam identificá-lo.

A vítima não portava documentos e aparentava ser pessoa sem residência, que por ali andava sem ponto fixo. As condições de higiene, bem como as roupas, confirmavam se tratar de um andarilho, segundo a Polícia Civil.

Sem interferir na posição do corpo e nos vestígios do local, os policiais perceberam uma lesão localizada acima do olho esquerdo, provavelmente, decorrente da entrada de um projétil de arma de fogo.

O corpo estava ao sol, mas o sangue não estava coagulado, o que permitiu concluir que o homicídio havia ocorrido poucos minutos antes, de acordo com a polícia.

Foi requisitado exame pericial no local e, com a presença do perito criminal, foi constatado mais um orifício, também de entrada, na região do tronco, do lado esquerdo.

Do outro lado da rodovia, na margem esquerda, havia um ponto de ônibus com diversos pertences pessoais que, ao que tudo indicava, pertenciam à vítima que ali estava se abrigando temporariamente, conforme a Polícia Civil.

Embaixo desse ponto de ônibus, foram encontradas algumas gotas de sangue e, na outra margem da rodovia, a polícia encontrou pegadas compatíveis com o solado dos chinelos calçados pela vítima e também algumas gotas de sangue que, pelas suas disposições, demonstravam que a vítima correu no sentido rodovia-margem direita.

Depoimentos

O local onde o crime ocorreu fica próximo da residência do homem de 41 anos. Ele foi ouvido pela Polícia Civil e disse que não ouviu nada e afirmou que permaneceu em sua casa por todo o período da tarde, acompanhado de sua esposa e de seu irmão.

O suspeito ainda disse ter ouvido uma motocicleta, que fazia barulho muito alto, seguindo no sentido ao Centro do Setor da Gleba 15 de Novembro.

Foram ouvidas duas pessoas que trabalhavam ao lado da estrada citada pelo suspeito como sendo por onde a motocicleta teria passado instantes antes, as quais afirmaram que ali estiveram por horas e que nenhuma moto barulhenta passou pelo local.

A Polícia Militar recebeu uma informação acerca de uma notícia anônima feita via telefone 190, que indicava o homem de 41 anos como autor do homicídio. A Polícia Civil prosseguiu com as diligências e uma testemunha ocular foi encontrada bastante temerosa, a qual dizia ter visto o suspeito disparar contra a vítima, em meio à rodovia.

A testemunha foi conduzida até a Delegacia da Polícia Civil da cidade e relatou, com riqueza de detalhes, o que havia presenciado horas antes.

De acordo com a polícia, a testemunha relatou que por volta das 15h30, passava pela Rodovia Arlindo Béttio, juntamente com seu filho, quando um indivíduo atravessou correndo a rodovia, fazendo com que seu filho freasse bruscamente o veículo para que não o atropelasse.

Nesse momento, a vítima pôde ver o suspeito com uma arma longa nas mãos atravessando por trás do veículo em que estava, perseguindo a vítima.

Quando percebeu a movimentação, a testemunha ficou com medo e disse para seu filho seguir em frente, contudo, viu quando o suspeito atravessou a rodovia e efetuou um disparo. E, após, pôde ouvir mais um estampido.

A testemunha informou que no momento do primeiro disparo o suspeito ainda estava no meio da pista e a vítima já no acostamento do outro lado, correndo. No segundo disparo, o autor já havia atravessado a pista para o mesmo lado da vítima e esta já estava mais à frente, ou seja, mais para dentro do acostamento, segundo a Polícia Civil.

De acordo com o relato da testemunha, ela conseguiu ver o suspeito efetuar os disparos, pois ao perceber a situação, quando seu carro passou por eles, se virou para trás e viu os fatos pelo vidro traseiro do veículo.

Conforme a Polícia Civil, a testemunha foi segura em seu depoimento, apresentando uma versão totalmente compatível com a dinâmica encontrada no local do crime, ou seja, a vítima primeiramente foi atingida sob a cobertura do ponto de ônibus e foi perseguida pelo autor dos disparos até a outra margem da rodovia, onde caiu, já desfalecida.

A testemunha reconheceu o suspeito como o autor dos disparos, inclusive, reconheceu o chapéu usado por ele, objeto que foi apreendido.

A testemunha indicou ainda uma segunda testemunha que teria presenciado o crime, além de seu filho.

Essa segunda pessoa foi identificada e também conduzia até a delegacia. Na unidade policial, a segunda testemunha afirmou ter presenciado a vítima ser alvejada, mas não tinha condições de reconhecer o autor dos disparos, pois não o viu, apenas viu a vítima ser atingida.

De acordo com a Polícia Civil, o relato desta segunda testemunha apenas corroborou a versão da primeira.

O filho da primeira testemunha não foi ouvido, pois estava sob efeito de medicamentos, em virtude do abalo emocional pelo qual passou ao presenciar o homicídio.

Diante do depoimento das testemunhas, a Polícia Civil retornou ao sítio do suspeito e conduziu o mesmo junto com sua esposa e seu irmão até a delegacia.

A esposa do suspeito continuou afirmando que ele não deixou a casa durante a tarde.

O irmão do suspeito também afirmou que o mesmo não saiu da residência. Contudo, ao ser advertido acerca dos depoimentos prestados pelas testemunhas, acabou por alterar a sua versão, dizendo que seu irmão havia se ausentado do imóvel, mas por curto espaço de tempo.

O suspeito voltou a negar o crime e disse que permaneceu em sua casa por todo o tempo, sem saber que seu irmão já havia dito o contrário.

Policiais civis responsáveis pela detenção e condução do homem de 41 anos foram ouvidos como testemunhas.

Fundamentos da prisão em flagrante

O delegado Ramon Euclides Guarnieri Pedrão afirmou que, no ano de 2015, ocorreu um homicídio na mesma zona rural e, após intensas investigações, o suspeito foi indiciado e, posteriormente, denunciado pela prática daquele crime, denúncia esta que foi recebida pelo Poder Judiciário. O processo segue em andamento, com audiência marcada para o dia 11 de julho de 2019.

“Esse crime pretérito foi apurado no bojo de inquérito policial, sendo que a semelhança do modus operandi empregado em ambos é evidente. Os dois crimes foram praticados na zona rural, à luz do dia e em local ermo”, afirmou o delegado.

Conforme Pedrão, o relato apresentado pela primeira testemunha foi firme e convincente.

“Ademais, trouxe em seu depoimento detalhes que só poderiam ser de conhecimento de quem presenciou os fatos, detalhes esses que foram totalmente concernentes com os vestígios encontrados no local. A testemunha soube relatar onde se iniciaram e onde cessaram os disparos, bem como o caminho percorrido por vítima e seu algoz. Ainda, indicou uma segunda testemunha dos fatos, dizendo que ela ali estava quando do ocorrido, fato este corroborado pela segunda testemunha”, pontuou o delegado.

A segunda testemunha, nitidamente temerosa, confirmou em parte o relato trazido pela primeira testemunha, ou seja, estava lá sim como afirmado por aquela testemunha, presenciou os disparos, contudo, disse, de forma nada convincente, não ter a figura do atirador, afirmou o delegado.

Pedrão entendeu que o suspeito, por motivos ainda a serem esclarecidos, efetuou disparos contra a vítima, com a intenção de matar, levando-a à morte.

“Os disparos, ao que tudo indica, foram feitos em emboscada e por motivo fútil, já que se tratava de pessoa desconhecida e sem qualquer vínculo com o indiciado. Ademais, a segunda testemunha que ali estava foi clara em estabelecer que não notou qualquer discussão que pudesse ter antecedido os disparos”, fundamentou Pedrão.

“A situação flagrancial encontra-se delineada nos moldes do artigo 302, II, do Código de Processo Penal, visto que o indicado foi detido logo que acabou de cometer o delito. Por tais razões, este delegado de polícia decretou a prisão em flagrante delito do indiciado pela prática do crime previsto no artigo 121, §2º, incisos II e IV, do Código Penal”, afirmou Pedrão.

As situações qualificadoras referem-se ao crime quando é cometido por motivo fútil e à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido.

Foi requisitado exame residuográfico para o suspeito, exame este que possivelmente restará inconclusivo, visto que a arma utilizada, ao que tudo aponta, foi uma espingarda, pontuou a Polícia Civil.

Prisão preventiva

Para garantia da ordem pública e por ser conveniente à instrução processual penal, a Polícia Civil solicitou à Justiça a prisão preventiva do suspeito. O pedido foi acatado e a ordem, decretada nesta quinta-feira (6).

Para fundamentar tal pedido, o delegado citou que o suspeito já é réu pelo crime de homicídio e, novamente, é a ele imputado crime de mesma natureza. “Evidente que a sua liberdade traz concreto risco à ordem pública”, pontuou Pedrão.

O delegado ainda afirmou o temor das testemunhas com relação ao suspeito.

“Restam diligências a serem realizadas no bojo do inquérito policial, dentre elas: reprodução simulada dos fatos, oitiva de outras testemunhas, etc. Estas diligências restarão prejudicadas caso o indiciado seja posto em liberdade.

Com informações do G1.

***O texto acima é de inteira responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal S4.

Fernando Azevedo

Sou formado em Ciências Contábeis pelo Centro Universitário de Votuporanga, SP (UNIFEV), e também sou um entusiasta de jornalismo, escrevendo sobre TV desde meados de 2009, quando comecei o Portal S4. Além disso, nas horas vagas, sou autor com dois livros publicados e diversos e-books disponíveis para venda na Amazon.

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