Televisão

Conversa com Bial 05/10/2020: Carlos Nobre e Estevão Ciavatta são convidados

Conversa com Bial fala sobre destruição das florestas

O Conversa com Bial desta segunda-feira, 05 de outubro, traz mais uma edição do programa que é comandado por Pedro Bial que a cada dia da semana promove um bate papo com convidados que falam sobre suas vidas e carreiras ou ainda sobre assuntos que são colocados em pauta pelo apresentador e que se relacionam diretamente com suas vidas.

Em virtude do atual momento que estamos vivenciando, a atração vem sendo apresentada diretamente da casa do apresentador que tem tido bates papos com convidados de maneira remota.

Sendo que cada um deles conversa diretamente de suas casas, na edição que irá ao ar nesta segunda, Bial conversa com   o especialista em aquecimento global Carlos Nobre e o cineasta Estevão Ciavatta.

Calor demais, chuva de menos, catástrofes meteorológicas, derretimento de geleiras, incêndios de proporções bíblicas – como os que estamos vendo no Pantanal – são provas do impacto devastador da ação humana sobre a natureza.

O Conversa com Bial de segunda-feira, discute a necessidade de soluções urgentes com um dos maiores especialistas em aquecimento global do mundo Carlos Nobre.

Também participa do papo o diretor de TV e cinema Estevão Ciavatta, que passou cinco anos na Amazônia filmando personagens que destroem a floresta e outros que ajudam a salvá-la.

Nobre explica a relação entre o aquecimento global e os incêndios: o clima mais quente cria condições favoráveis para que o fogo se espalhe. Na Califórnia e no norte do Canadá, por exemplo, descargas elétricas causam incêndios que se propagam rapidamente. No caso brasileiro, entretanto, 90% dos incêndios são causados pelo homem: a seca recorde no Pantanal faz com que não existam tempestades e, portanto, descargas elétricas. Carlos explica que, além da técnica atrasada da pecuária usar o fogo para limpar o solo e expandir suas fronteiras de pastagem, existem inúmeros incêndios criminosos.

“Muitos bandidos colocam fogo em áreas de proteção, em florestas, para abrir aquelas áreas para fazer grilagem de terras ou para utilizá-las nessa prática agropecuária atrasada.”

Carlos alerta que, com os incêndios agravados pelo clima quente, os animais não têm tempo de fugir e os biomas não têm tempo de se recuperar: “Continuando o aquecimento global e, aqui, no cerrado e no Pantanal, o uso do fogo, essas vegetações desaparecerão em 30, 40 anos.”

Ele explica, ainda, a relação entre o desmatamento na Amazônia e o fogo no Pantanal. Com o sul da Amazônia cada vez mais quente, a estação seca está semanas mais longa do que era na década de 1980, o que faz com que o ar que passa pela região chegue no Cerrado e no Pantanal aquecido.

“Boa parte da Amazônia deve virar um Cerrado degradado. Se o total da área desmatada ultrapassar os 20, 25%, chegaremos ao ponto de não retorno: sem água, ela vai se savanizar para o norte cada vez mais. E de 30 a 50 anos estaria 70% savanizada.”

O Conversa com Bial começa logo após mais uma edição do Jornal da Globo, não perca!

 

Para assistir o Conversa com Bial e a programação da Rede Globo, clique aqui!

***O texto acima é de inteira responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal S4.

Fernando Azevedo

Sou formado em Ciências Contábeis pelo Centro Universitário de Votuporanga, SP (UNIFEV), e também sou um entusiasta de jornalismo, escrevendo sobre TV desde meados de 2009, quando comecei o Portal S4. Além disso, nas horas vagas, sou autor com dois livros publicados e diversos e-books disponíveis para venda na Amazon.

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