Cobra azul mais perigosa que cascavel é encontrada na Bahia e preocupa especialistas

Uma espécie rara e extremamente perigosa de cobra azul foi resgatada na Bahia e está sob os cuidados do Instituto Butantan. Com olhos vermelhos e coloração azul vibrante, a víbora-de-lábios-brancos, conhecida cientificamente como Trimeresurus insularis, chama atenção tanto pela aparência exótica quanto pela letalidade de seu veneno. A descoberta acende alerta entre biólogos e autoridades de fauna. As informações são do NSC Total.

Visual impressionante, mas altamente venenosa

Com seu corpo azul intenso e olhos avermelhados, a cobra azul tem aparência quase mística — o tipo de animal que parece saído de um filme de ficção científica. No entanto, por trás da beleza está um dos venenos mais perigosos da natureza. A Trimeresurus insularis é originária de regiões da Ásia, como Indonésia e Ilhas menores do Pacífico, mas apareceu em solo brasileiro, o que levanta questionamentos sobre tráfico de animais ou transporte acidental.

Especialistas alertam que a toxina da víbora pode ser mais potente que a da cascavel, causando hemorragias, necrose e, em casos extremos, levando à morte se não houver atendimento rápido.

Instituto Butantan monitora e estuda a cobra

Segundo o NSC Total, a serpente foi levada ao Instituto Butantan, em São Paulo, onde está sendo cuidadosamente observada por herpetologistas. O objetivo é analisar o comportamento, o veneno e investigar como ela chegou ao Brasil. A suspeita inicial é que a presença da cobra azul esteja ligada ao comércio ilegal de animais exóticos, algo que representa uma ameaça à biodiversidade e à segurança das pessoas.

O Instituto reforça que, apesar do fascínio pela aparência, esse tipo de animal jamais deve ser mantido em cativeiro por pessoas não autorizadas, e sua presença fora do habitat natural é motivo de grande preocupação.

Alerta para o tráfico de animais silvestres

A chegada da cobra azul ao Brasil pode estar relacionada ao tráfico internacional de espécies, um problema que movimenta bilhões anualmente e afeta ecossistemas em todo o mundo. Ao fugir do ambiente natural, esses animais podem causar desequilíbrio ecológico e colocar em risco outras espécies nativas.

Autoridades ambientais reforçam que qualquer avistamento de cobras ou outros animais exóticos deve ser comunicado ao órgão ambiental local ou ao IBAMA, evitando riscos à população e ao próprio animal.