CCBB em São Paulo apresenta a mostra inédita “O Cinema de Álex de la Iglesia”
Uma jornada pelo universo criativo do renomado diretor espanhol, de 13 de setembro a 01 de outubro, com entrada gratuita.
O Centro Cultural Banco do Brasil em São Paulo está prestes a proporcionar uma experiência cinematográfica única aos amantes da sétima arte. A partir do dia 13 de setembro até o dia 1 de outubro de 2023, a instituição receberá a mostra inédita “O Cinema de Álex de la Iglesia“, dedicada ao renomado diretor espanhol Álex de la Iglesia. Com entrada gratuita, o evento promete trazer um mergulho profundo no universo criativo desse cineasta que se destacou não apenas na Espanha, mas também conquistou reconhecimento internacional.
Álex de la Iglesia é um cineasta conhecido por seu estilo inconfundível, marcado por experimentações ousadas e narrativas autorais. Suas obras são caracterizadas pelo excesso, pelo grotesco e por um humor ácido e inteligente. Embora seja menos conhecido pelo público brasileiro, o diretor é frequentemente comparado ao renomado Quentin Tarantino, o que ilustra a qualidade de sua filmografia poderosa e coerente.
A mostra apresenta uma seleção de destaques da carreira de Álex de la Iglesia, proporcionando ao público brasileiro a oportunidade de conhecer e apreciar seu trabalho único. O evento de abertura, em 13 de setembro, contará com a exibição de “Ação Mutante” (Acción Mutante, 1993), um marco no cinema de gênero na Espanha. O filme, que se passa em um futuro apocalíptico, foi produzido por ninguém menos que Pedro Almodóvar e completa trinta anos em 2023.
Outra obra-prima do diretor é “O Dia da Besta” (El día de la Bestia, 1995), um filme de terror fantástico que o tornou conhecido mundialmente e lhe rendeu prêmios, incluindo o Goya de melhor direção. “A Comunidade” (La Comunidad, 2000) é um dos filmes mais celebrados de Álex de la Iglesia, premiado com o Prêmio Goya de Melhor Atriz em 2001 para Carmen Maura.
Em “Balada do Amor e do Ódio” (Balada triste de Trompeta, 2010), o diretor nos presenteia com um terror irreverente ambientado durante a ditadura franquista, conquistando o Leão de Prata (diretor) e o Leão de Ouro (roteiro, em parceria com Jorge Gerricaechevarría) no Festival de Veneza. “Crime Ferpeito” (Crimen Ferpecto, 2004) é uma das obras “hitchcockianas” do cineasta.
A mostra também inclui “As Bruxas de Zugarramurdi” (Las brujas de Zugarramurdi, 2013), um terror com humor ácido que foi um grande sucesso de bilheteria na carreira de Álex de la Iglesia, e “Muertos de Risa” (1999), uma revisita à história do showbiz espanhol. Em “800 Balas” (2002), o diretor aborda os clichês do western de uma maneira única, misturando passado e presente da história do cinema. Já o filme “Perdita Durango” (2017) apresenta um casal de bandoleiros interpretados por Rosie Perez e Javier Bardem.
Sobre Álex de la Iglesia
Álex de la Iglesia não apenas brilha como diretor, mas também é um produtor ativo no cenário audiovisual espanhol. Ele colabora com a atriz e produtora Carolina Bang na Pokeepsie Films, uma das empresas produtoras mais atuantes da Espanha, que faz parte do grupo francês Banijay. Atualmente, eles estão filmando a terceira temporada da série “30 Monedas” para a HBO Espanha e a minissérie “1992” para a Netflix. A programação da mostra também inclui a Sessão Especial Pokeepsie Films, com a exibição do filme “Ninho de Musaranho” (Musarañas, 2014), dirigido por Juan Fernando Andrés e Esteban Roel, e inédito no Brasil.
Além de homenagear Álex de la Iglesia, a mostra também celebra a obra do mestre do terror brasileiro, José Mojica Marins (1936-2020), um ícone do gênero e uma fonte de inspiração para o próprio Iglesia. O evento inclui exibições especiais de “A Praga”, um filme recuperado pelo cineasta e pesquisador Eugênio Puppo, com debates envolvendo o crítico e pesquisador Carlos Primati. A Sessão Especial Terrores Brasileiros contará com a exibição do filme “A Sombra Do Pai”, de Gabriela Amaral Almeida.
A mostra “O Cinema de Álex de la Iglesia” é patrocinada pelo Banco do Brasil e tem a curadoria de Daniel Celli e Rafael Carvalho, com produção da Ginja Filmes. O Centro Cultural Banco do Brasil reafirma seu compromisso em ampliar a conexão dos brasileiros com a cultura e promover o acesso à produção cinematográfica nacional e internacional por meio desse projeto.
Além das projeções dos filmes, a mostra oferece uma série de atividades complementares, incluindo debates e discussões com especialistas no CCBB SP. Esses encontros presenciais abordarão diversos aspectos do cinema, desde a obra de Álex de la Iglesia até o cinema brasileiro de terror.
Os curadores da mostra, Daniel Celli e Rafael Carvalho, possuem vasta experiência na indústria audiovisual e na gestão cultural, e desempenharam papéis importantes na promoção do cinema em São Paulo e no Brasil.
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