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Angola: “deram motorizadas nas eleições para depois nos proibirem” Moto-taxistas

“… MPLA nos dá motorizadas na campanha, e depois de ganhar as eleições, nos proibi de circular nas vias da cidade…”

Os moto-taxistas mostram-se revoltados com o partido que governa o Poder em Angola desde 1975, MPLA, que nas suas campanhas para conquista de alguns eleitorados, teve que oferecer mais de 5 mil motorizadas (tricíclicos e motociclos) aos jovens para mobilização de massa ao pleito eleitoral de 24 de agosto do ano transacto. Um ano depois do partido ter ganho as eleições gerais com 51,17 % dos votos de acordo com os dados avançados pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), em 25 de agosto de 2022. Nessa quinta-feira,(6), o governo provincial de Luanda (GPL), fez sair um decreto que proíbe a circulação dos moto_taxistas e condutores de veículos pesados, em algumas artérias de Luanda, por serem causadores de vários acidentes nas estradas da capital do país.

Por outro lado, neste decreto os moto-taxistas vulgo “cupapatas” são os mais visados, neste caso, por falta de solicitação da parte do governo aos “motoqueiros”, fez com que os moto-taxistas revoltassem contra as medidas impostas, partindo assim por uma manifestação.

De acordo com alguns moto-taxistas ouvidos pelo Portal S4, prometem continuar a manifestar pelo sustento de suas famílias.

Nós vamos continuar a manifestar, acaso o governo não retirar o decreto que proíbe a nossa circulação nas principais vias de Luanda, nós temos filhos, famílias, moramos em casas de renda“, declarou Francisco Sebastião.

Por outro lado o Moto-taxista Gomes Fernando, lança um apelo ao GPL, “se o governador não retirar o decreto, nós vamos paralisar o serviço de moto-taxi em toda cidade de luanda na segunda-feira, 10 de setembro deste ano”, apelou o moto-taxista do município Viana.

Já o moto-taxista André Ortásio mostrasse revoltado com a decisão do governo de Luanda e revela que foi o partido que governa que havia ter oferecido motorizadas no momento das suas campanhas eleitorais em 2022.

O MPLA nós dá motas na campanha e depois de ganhar as eleições nos proibi de circular na cidade onde tem o nosso pão do dia a dia, nós não vamos aceitar porquê pagámos rendas e propinas dos nossos filhos“.

Depois dos moto-taxistas terem se manifestado, o governador de Luanda Manuel Homem, em declarações a imprensa, assegurou que o país não pode começar a registar vários acidentes de viação, os motoqueiros não estão proibidos de circular, podem prestar os seus serviços, mas nós locais indicado pelo governo.

Nós não podemos admitir o número elevado de acidentes que a província de luanda tem registado nos últimos tempos, são mais de trezentas mortes de acidente de viação, os motoqueiros podem circular, mas nós locais indicado”.

O responsável acrescentou que os motoqueiros são aliados do governo e têm contribuído bastante na economia do país. Rematou o governador de Luanda.

De acordo com os dados divulgados pelo coordenador da Comissão Executiva do Conselho Provincial do Ordenamento do Trânsito de Luanda, Francisco Ribas, no mês de junho, mais de trezentas pessoas morreram vítimas de acidente de viação, nas estradas de Luanda, nos três últimos meses.

Em reação ao decreto imposta pelo GPL, o presidente da associação dos motoqueiros e transportadores de Angola, Bento Rafael, lamenta o facto de não terem sido consultados, mas garantiu que os seus filiados vão acatar as medidas do Governo, acreditando que a medida do governo pode ajudar na redução dos acidentes de viação.

Por estás razões, os motociclos, triciclos e quadriciclos, alguns dos quais envolvidos em actividades de transporte de pessoas e mercadorias, o Governo Provincial de Luanda, proíbe a sua circulação nas principais artérias da cidade.

As principais vias interdidas

A nível do município de Luanda, a interdição abrange as avenidas 4 de Fevereiro, 21 de Janeiro, Revolução de Outubro, Deolinda Rodrigues, Sagrada Esperança, Hoji-ya-Henda, Dr. António Agostinho Neto, Pedro de Castro Van-Dúnem “Loy”, ruas Ndunduma, Cónego Manuel das Neves, Sagrada Esperança, NgolaKiluange e Kima Kienda.

Em Cacuaco, a proibição cobre os troços das estradas nacionais que atravessam o município, nomeadamente as partes da EN 100 que vão do desvio da Cimangola ao controlo do Kifangondo, do Kifangondo ao Sabadão (Caop) e do Ngola Kilunje ao ponto de intercepção da mesma estrada.

A interdição estende-se a toda a extensão do troço da Estrada Nacional 230 que atravessa o município até às avenidas Fidel Castro Ruz e do Sequele, abrangendo, também, o percurso da ruas Ngola Kiluanji que leva à intercepçãoda EN 100.

No município de Talatona os moto-táxis no estão interditas a Estrada Nacional 100, a da Ponte Molhada e a que conduz ao Camama. A proibição estende-se às avenidas Pedro de Castro Van-Dúnem “Loy”, Sérgio Luther Rescova, Fidel Castro e às ruas do MAT, Ulengo Center, Kikagil e o troço que liga o Viaduto da Curimba ao nó rodoviário da UGP.No município do Cazenga, o perímetro proibido inclui as 5ª e 7ª avenidas, as ruas Ngola Kiluange, da Fiaco e dos Comandos, ao passo que no Belas a interdição circunscreve-se às ruas Fidel de Castro Ruz e às centralidades do Kilamba e KK 5000.

No Kilamba Kiaxi, aos moto-táxis é vedado acesso às avenidas Sérgio Luther Rescova, Pedro de Castro Van-Dúnem “Loy”, interior do Nova Vida, estrada principal do Camama, ruas Drª Ana Paula dos Santos, 17 de Setembro, 28 de Agosto, Olímpio Macueria, Machado Saldanha e Sérgio Luther Rescova.E em Viana, é vedado o acesso de mototáxis em toda a extensão do troço da Estrada Nacional 230, que atravessa o município, nas avenidas Fidel Castro Ruz e Sérgio Luther Rescova, assim como nas ruas direita do Zango-Calumbo e 11 de Novembro.

***O texto acima é de inteira responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal S4.

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