Com direção de Cesar Augusto, a peça encerra trilogia sobre paternidade realizada pelo ator Pedro Monteiro, que vive o protagonista Naldo.
O espetáculo foi construído a partir da linguagem dos jogos eletrônicos, com participações em vídeo de Kelzy Ecard, Claudio Lins, Betina Viany, Rodrigo França, Gabriela Estevão e Tamires Nascimento
Não é de hoje que o conceito de família se expandiu, se diversificou, e suas múltiplas configurações estão presentes e felizes na sociedade. Mas quem foge do modelo considerado tradicional sempre encontra alguns (ou muitos) desafios. O autor e novelista Walcyr Carrasco escreveu o livro “Meus 2 Pais” para falar desses desafios e mostrar para crianças a importância de aceitar as diferenças. A obra ganha agora adaptação integral para os palcos, em espetáculo realizado pelo ator Pedro Monteiro, com direção de Cesar Augusto, que estreia dia 20 de maio, no Centro Cultural Futuros – Arte e Tecnologia (antigo Oi Futuro), no Flamengo. As sessões serão aos sábados e domingos, às 16h, até 9 de julho. O projeto conta com patrocínio da Oi e do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, através da Lei de Incentivo à Cultura.
“Para nós, o teatro infantil é um veículo potente de experimentação, de descobertas de novas ideias e conceitos. Nossa missão é, por meio da arte, estimular o olhar crítico e construtivo. Com “Meus 2 Pais”, o Futuros – Arte e Tecnologia recebe em seu teatro um espetáculo que proporciona ao público familiar, com a linguagem dos games, viver e refletir sobre temas tão presentes nas vidas de muitas crianças como: as diferentes configurações familiares, bullying e os conflitos internos causados pela separação dos pais’’, explica Victor D’Almeida, gerente de cultura da instituição.
A peça conta a história de Naldo, menino de 9 anos, que tem que lidar com a separação dos pais. Quando a mãe precisa se mudar de cidade, ele passa a morar com o pai e seu amigo, Celso. Não demora muito, o garoto começa a sofrer bullying na escola e descobre que o pai é gay. Será que ele vai aceitar sua nova família? O projeto começou a ser desenvolvido antes da pandemia, quando o ator Pedro Monteiro, que vive o protagonista, leu o livro de Walcyr Carrasco e logo imaginou colocar esta história em cena. A peça encerra sua trilogia sobre paternidade, iniciada com o drama “Pão e Circo” (2021) e seguida pela comédia “Pai ilegal” (2022).
“Assim que li o livro de Walcyr Carrasco me emocionei e pensei em uma adaptação para os palcos. Eu me interessei não só pela questão principal, que é a de como um garoto lida com a descoberta de um pai gay, mas também pelos temas paralelos: bullying na escola, a diversidade em ambientes familiares, a influência dos amigos e os conflitos internos de uma criança”, explica Pedro Monteiro.
Pedro Monteiro estará sozinho no palco, mas contracenará com os atores Kelzy Ecard, Claudio Lins, Betina Viany, Rodrigo França, Gabriela Estevão e Tamires Nascimento, que aparecem em cenas virtuais. O espetáculo é dinâmico e foi todo foi construído como uma partida de videogame, em cenário criado por Beli Araújo, figurinos de Marcelo Olinto, trilha sonora original de André Poyart e iluminação de Ana Luzia de Simoni.
“Nosso espetáculo usa a linguagem dos jogos eletrônicos para simular a cabeça criativa de uma criança”, explica o diretor Cesar Augusto. “Queremos tratar de um tema importante de maneira saborosa, com abstrações, onomatopeias e sensibilidade. Afinal, teatro também é jogar com a plateia”, completa.
Sobre Cesar Augusto
Cesar Augusto é membro fundador da Cia dos Atores, um dos mais renomados grupos de teatro do Brasil, no qual tem trabalhado há 35 anos como ator, diretor e, eventualmente, cenógrafo. É diretor do TEMPO_FESTIVAL há dez anos. Foi diretor artístico da ocupação CÂMBIO, nos teatros Gláucio Gill e Café Pequeno, ambas indicadas ao Prêmio APTR. Também esteve à frente, como curador de artes cênicas, do Instituto Galpão Gamboa. Com a Cia dos Atores, dirigiu e atuou em dezenas de espetáculos, entre eles “Melodrama”, “Ensaio.Hamlet”, “Insetos” e “Conselho de Classe” e, atualmente, “Julius Caesar – Vidas Paralelas”. Como diretor, conduziu dezenas de produções teatrais e shows. Atualmente, dirige “A Tropa”, em cartaz há sete anos, com Otávio Augusto, e “Cerca Viva”, texto de Rafael Souza-Ribeiro. Durante a pandemia, dirigiu e atuou em diversos trabalhos que receberam indicações e foram vencedores do prêmio APTR. Em 2016, recebeu o prêmio APTR, categoria Especial, pela multiplicidade de ações artísticas.
Sobre Pedro Monteiro
Dramaturgo, ator e diretor, Pedro Monteiro apresenta “Meus 2 Pais”, o oitavo espetáculo realizado por ele. A peça fecha uma trilogia sobre paternidade iniciada com “Pão e Circo” (2021), encenada virtualmente devido à pandemia, e seguida por “Pai Ilegal” (2022). Este ano, também estreou “Maria Leopoldina – Pedras, Perdas e Partos”, em bem-sucedida temporada Teatro Café Pequeno, no Leblon, e o documentário “Primeiro Ano”, em cartaz no Youtube. Em 2019, produziu e protagonizou o filme “Sonho de Rui – Um Braddock Possível”, com roteiro de Ulisses Mattos e codireção de Ulisses e Cavi Borges. Em 2016, estreou o espetáculo “Entregue seu Coração no Recuo da Bateria”, com sucesso de público e crítica. Produziu e atuou no espetáculo “Um de Nós”, em 2015. Em 2012, realizou o musical “Funk Brasil – 40 anos de Baile”, no Teatro Miguel Falabella, levando pela primeira vez uma obra sobre o movimento funk para o teatro. Este projeto foi vencedor do edital de montagem cênica do governo do Estado do RJ 2011; do Prêmio Myriam Muniz da Funarte 2012; do edital do SESI 2014; do edital do Governo do Estado do Rio de Janeiro para iniciativas artísticas ligadas ao funk; e do pitching Favela Criativa em 2015. Em 2008, estreou a peça “Os Ruivos”, no Espaço Cultural Sérgio Porto, que depois fez turnê nacional. Em parceria com a produtora Cavídeo, lançou, em 2009, “Vida de Balconista”, primeiro longa-metragem em celular. Com direção de Pedro Monteiro e Cavi Borges e protagonizado por Mateus Solano, a obra participou do Festival do Rio em exibição especial no cinema Odeon pelo segmento “Novos Rumos”.
Sobre o instituto Oi Futuro
O Oi Futuro é o instituto de inovação e criatividade da Oi para impacto social, que apoia, desenvolve e cocria programas e projetos transformadores nas áreas de Cultura, Educação e Inovação Social. Há 21 anos, o Oi Futuro estimula indivíduos, organizações e redes a construírem novos futuros, com mais inclusão e diversidade, por meio de ações e parcerias em todo o Brasil.
Desde 2005, o Oi Futuro mantém um centro cultural no Rio de Janeiro, com uma programação diversa e inovadora que valoriza a convergência entre arte contemporânea, ciência e tecnologia. Com média de 100 mil visitantes por ano, o espaço abriga galerias de arte, um teatro multiuso, um bistrô e também o Musehum – Museu das Comunicações e Humanidades, com acervo de mais 130 mil peças históricas sobre as comunicações no Brasil. O Musehum oferece experiências imersivas e interativas que convidam o público a refletir sobre o impacto das tecnologias nas relações humanas.
O Oi Futuro gerencia também o Programa Oi de Patrocínios Culturais Incentivados, que já apoiou mais de 2.500 projetos culturais em todo o país ao longo de 17 edições realizadas por editais públicos. Ainda na área cultural, o instituto idealizou e mantém o Lab Oi Futuro, no Rio de Janeiro, que oferece infraestrutura e formação para artistas, profissionais e empreendedores da Economia Criativa.
FICHA TÉCNICA:
Texto: Walcyr Carrasco
Direção: Cesar Augusto
Diretor assistente: João Gofman
Assistente de direção: Romulo Chindelar
Elenco: Pedro Monteiro, Betina Viany, Claudio Lins, Gabriela Estevão, Kelzy Ecard, Rodrigo França, Tamires Nascimento
Cenário: Beli Araújo
Figurinos: Marcelo Olinto
Iluminação: Ana Luzia de Simoni
Trilha sonora original: André Poyart
Pesquisa sonora: João Gofman
Direção de Movimento: Carol Ozório
Visagismo e maquiagem: Andy Lima
Projeção mapeada: Renato Krueger
Operador de Câmera: Hernane Cardoso
Som direto: Lucca Valor
Logger e Still: Sandro Demarco
Costura e tingimento de figurinos: Almir França
Costura de cenário: Nice Tramontin
Cenotécnico: M W Serviços Cenotécnicos
Assistente de iluminação: Pedro Carneiro
Camareira (estúdio): Jacyara de Carvalho
Assessoria de imprensa: Paula Catunda e Rachel Almeida
Fotos de Divulgação: Beto Roma
Redes sociais: Rafael Teixeira
Designer Gráfico: Davi Palmeira
Assistente de Produção: Caroline Matos
Direção de produção: Dani Carvalho (Desejo Produções)
Realização: Pedro Monteiro
SERVIÇO:
“Meus 2 pais”
Temporada: De 20 de maio a 9 de julho de 2023
Centro Cultural Futuros – Arte e Tecnologia: Rua Dois de Dezembro, 63 – Flamengo (Acesso próximo ao Metrô do Largo do Machado)
Telefone:(21) 3131-3060
Dias e horários: sábados e domingos, às 16h
Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada)
Lotação: 63 pessoas
Duração: 50 min.
Classificação etária: livre
Venda de ingressos: www.sympla.com.br
Site: https://futuros.org.br/
Instagram: @futuro.artetecnologia
Facebook: https://web.facebook.com/InstitutoOiFuturo
Twitter: @Oi_Futuro