The Noite recebe jornalista
O The Noite desta sexta-feira, 26 de maio, traz uma entrevista com a jornalista Madeleine Lacsko.
Lançando o livro “Cancelando o Cancelamento”, o primeiro sobre o tema publicado em português, explica: “eu lia muito e escrevia sobre nas redes sociais e um amigo perguntou por que eu não faria um livro sobre, porque, em português, ninguém sistematizou ainda isso”.
E também afirma: “isso que eu coloco no livro é uma privatização da militância. Você tem influencers que roubam o discurso da militância, fazem esse discurso como se fosse para militar e qual o ‘pulo do gato’ para saber a diferença? O impacto na vida real. Uma militância, você concorde com ela ou não, ela vai querer duas coisas: agir politicamente – ela vai querer te convencer – e vai querer mudanças na vida real. Se está ‘queimando pontes’, cancelando os outros, xingando todo mundo e a mudança que a pessoa quer só vai alterar a vida real dela que vai ser contratada como especialista em alguma coisa e ganhar like, você está diante de um business. Que eu nem acho errado, mas diga o que é, não pode fingir que é militância”.
Lacsko questiona e discorre: “o que um político fala é brincadeirinha e o que o humorista fala é sério, genocídio e ele tem que ser cancelado? Piadas matam, mas, se for do político, aí não mata”. E indaga: “por que não fiscalizam pornô do mesmo jeito que fiscalizam humorista?!”. A convidada diz se infiltrar em grupos virtuais para entender os radicais e conta: “estou lá até agora. No fim a gente fica viciado. Eu entro com meu nome e minha foto, porque eu posso usar qualquer comunicação minha com outra pessoa ou grupo judicialmente e também jornalisticamente se eu der a minha cara. Não estou enganando ninguém. Contei muitos casos (no livro) que eu pesquei ali nos grupos”. Há 27 anos no jornalismo, ela afirma que a ‘lacração’ virou um negócio e comenta: “falar mal dos outros, hoje, ganha visibilidade”.
O The Noite começa logo após mais uma edição da Tela de Sucessos, não perca!
***O texto acima é de inteira responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal S4.
