Crustáceos e insetos usados em cosméticos? Especialista explica por que substância encontrada em exoesqueletos são benéficas para a pele
A indústria dos cosméticos está se desenvolvendo cada vez mais na busca de melhores e mais duradouros resultados para a pele, nesse processo novas substâncias com incríveis propriedades têm sido estudadas para potencializar seus efeitos.
De acordo com o estudo “Materiais à base de quitosana em aplicações cosméticas”, publicado pela revista Molecules, a quitosana – polissacarídeo obtido através da desacetilação da quitina, presente nas paredes celulares de fungos e exoesqueletos de artrópodes, como insetos e crustáceos – trazem excelentes resultados em cosméticos.
Segundo a revisão, a quitosana e seus derivados possuem uma série de benefícios, como hidratação, regeneração e desodorização, além de melhorar a estabilidade da fórmula, reduz o uso de conservantes e possui propriedades antioxidantes e antibacterianas.
Outro ponto positivo do uso da substância em cosméticos é a sua biocompatibilidade, não toxidade e biodegradabilidade, o que evita efeitos alérgicos e facilita seu descarte.
A cosmetóloga e pesquisadora, Dra. Daniela Lopez explica que a quitosana já é amplamente usada tanto pela indústria de cosméticos, quanto pela de suplementos e pode ajudar a reforçar os efeitos dos produtos.
“Já existem no mercado, cosméticos e até suplementos feitos com o uso de quitosana, ela é usada principalmente para a hidratação da pele e também pode ser considerada uma substância cosmecêutica, pois possui características antibacterianas e alta capacidade de penetração na pele”.
“Estudos como esse ajudam a reunir conhecimentos sobre substâncias que podem ser muito mais exploradas para o uso em cosméticos e contribuir para entender melhor suas aplicações e resultados”. Explica Dra. Daniela Lopez.
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